O Dia Mundial da Água foi criado, em 1992, pela ONU, e desde então tem vindo a ganhar uma importância crescente. Com o intuito de sensibilizar a população para esta matéria, a «Águas do Algarve» promoveu visitas a algumas das suas instalações na região, no dia 22 de março, e vai organizar mais um concurso de fotografia sobre a água.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Águas do Algarve

Nos tempos modernos, ninguém duvida da importância da água para a vida no planeta. Foi através dela que apareceram as primeiras formas de vida e dela dependem todos os seres vivos. Basta lembrar que o corpo humano é constituído por 70 por cento de água, sendo necessário efetuar uma reposição constante no nosso organismo, bebendo, em média, cerca de litro e meio a dois litros de água por dia. Em 2015, a «Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável» foi assinada por 193 membros da ONU, prevendo um conjunto de objetivos a serem cumpridos até 2030, entre ele a busca por assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.
Apesar da sua importância vital, a verdade é que esta matéria não tem recebido a devida atenção por parte do cidadão anónimo e, por isso, o dia 22 de março – Dia Mundial da Água, é marcado por diversos eventos que visam essencialmente consciencializar os diferentes públicos do Algarve para a necessidade de se efetuar um uso consciente deste precioso bem. “Veja-se que, de acordo com informação disponibilizada pela ONU, há cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo que não tem acesso ao abastecimento adequado de água, ou de sistema de saneamento”, evidencia Teresa Fernandes, responsável pela Comunicação e Educação Ambiental da «Águas do Algarve». “Quando falamos em consumo de água, o mais comum é o consumidor aplicar este termo na água que é usada nas aplicações mais práticas do nosso dia-a-dia, quer seja para beber, na cozinha, casa de banho, jardim e higiene, limpeza da casa, etc., pois é a partir daqui que se vai definir a conta da água no final do mês. Contudo, isto não é de todo o mais correto. Trata-se de uma parca visão daquela que é a realidade do consumo da água”, alerta Teresa Fernandes.
Segundo a entrevistada, o consumo de água não deve ser apenas relacionado com o uso direto que se dá à água, mas também com aquilo que se compra e com aquilo que se come no dia-a-dia. “Falo da chamada «água virtual», aquela que não se vê, mas que é necessária em todo o ciclo produtivo. Note-se que apenas cerca de quatro por cento do consumo de água da humanidade está relacionado com o consumo doméstico. Muito haveria para dizer sobre isto, mas não se pretende assustar o consumidor com esta informação. O objetivo é munir a população de informação suficiente para que possa decidir em consciência”, sublinha Teresa Fernandes, durante a visita a uma ETA da «Águas do Algarve».