Texto: Daniel Pina | Fotografia: Câmara Municipal de Aljezur
Situada no concelho de Aljezur, no barlavento algarvio, Bordeira
viu o seu território ocupado bem cedo, desde as épocas do paleolítico e neolítico,
de acordo com investigações arqueológicas.
Nesta aldeia inserida em pleno Parque Natural do Sudoeste
Alentejano e Costa Vicentina são omnipresentes os aromas delicados da
perpétua-das-areias, da murta, do zimbro, da aroeira ou do rosmaninho. Ao olhar
saltam o azul forte das flores da erva-das-sete-sangrias e do morrião-da-praia,
ou o amarelo intenso das flores da joina-das-areias e dos tojo, do queiró, da
roselha, do lentisco-bastardo, da urze-vermelha, do tomilho, da joina-dos-matos
ou o mato-branco. Assim é a Bordeira, balizada pelo Pinhal do Bordalete,
constituindo uma área florestal assente em areias, de aproximadamente 41
hectares de pinheiro manso, distribuídos ao longo dos chamados «Cabeços da
Bordeira».
A praia da Bordeira é a mais extensa do concelho de Aljezur,
reconhecida internacionalmente pela sua elevada qualidade paisagística.
Limitada pelas altas arribas que a limitam nas extremidades norte (xisto) e sul
(formações rochosas do Jurássico), a Aldeia da Bordeira continua a contar histórias
da sua longa história. Aldeia que foi criada pelo Bispo de Silves, Dom Álvaro
III, em 1464, que ordenou aos habitantes que ali se construísse uma Igreja. Esta
assim surgiu, sendo de realçar que, na parte central do frontispício do arco
triunfal, existe uma cartela com a data de 1746, correspondente ao ano da sua
construção.
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https://issuu.com/danielpina1975/docs/algarve_informativo__109
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