No âmbito do Dia Internacional dos Arquivos tem lugar, no dia 9 de junho, no Arquivo Municipal de Loulé, o Seminário «A assinatura como autorretrato (séculos XV-XXI)». Num tempo de mudança dos sinais de identidade, este Seminário pretende abordar o valor das escritas de homens e mulheres, em especial o das suas assinaturas autógrafas, enquanto marcas ímpares de identidade. Nos séculos visitados a assinatura revela, quase sempre, não só o BI do indivíduo, mas o seu verdadeiro autorretrato.
Durante a manhã, a apresentação estará a cargo de Maria José Azevedo Santos, especialista em Paleografia e Diplomática, que tomará a assinatura enquanto autorretrato e sinal de validação, ao longo da historiografia desde o século XV. Segundo esta docente, “todos nós respondemos e dizemos aquilo que somos através do nosso nome”. À tarde, Andreia Vieira, perita forense do Laboratório Científico da Polícia Judiciária, irá explorar a escrita manual enquanto vestígio suscetível de análise pericial, através de um workshop prático em que abordará casos reais de falsificações de assinaturas. Esta perita trará casos reais para análise, bem como uma investigação criminal que está em curso relacionada com um manuscrito de Eça de Queirós.
A iniciativa tem coordenação científica de Maria José Azevedo Santos, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e investigadora do Centro de História da Sociedade e da Cultura da Universidade de Coimbra, contando ainda na comissão organizadora com Sónia Nobre, investigadora do Centro de História da Sociedade e da Cultura da Universidade de Coimbra, e Andreia Vieira, perita em Escrita Manual do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária. O Seminário resulta de uma parceria entre o Centro de História da Sociedade e da Cultura (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) e o Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária. Teve a sua primeira edição no Arquivo da Universidade de Coimbra e agora decorrerá no Arquivo Municipal de Loulé.