A vila de Carvoeiro foi palco, no dia 17 de junho, da quarta
edição da «Noite Black & White», um evento que já se tornou num ponto de
encontro obrigatório para os residentes e turistas que elegem o concelho de Lagoa
para as suas férias. E, segundo estimativas da autarquia, perto de 30 mil
pessoas constataram, no terreno, o porquê de ser considerada a grande festa do
início do Verão no Algarve.
Organizada pela Câmara Municipal de Lagoa e com produção da «Ibérica
Eventos & Espectáculos», a iniciativa apresentou vários momentos culturais
e de lazer para todos os gostos e idades, em nove palcos diferentes, desde
concertos de fado e jazz à música clássica e brasileira, passando pelos
imperdíveis sucessos do pop/rock e da dance music internacional. Diversas
performances artísticas foram acontecendo igualmente ao longo das ruas e no largo
da praia, assim como no recentemente inaugurado anfiteatro junto ao Forte de
Nossa Senhora da Encarnação.
A meia-noite foi assinalada com um espetáculo de
fogo-de-artifício sobre a praia, tendo a festa prosseguido pela noite dentro, sempre
com muita animação e divertimento, nomeadamente na mega pista de dança no areal
e largo da praia. Um evento que nasceu, em 2014, por iniciativa do novo
executivo camarário liderado por Francisco Martins, por se entender que era
necessário trazer mais acontecimentos de excelência para o concelho. “Queríamos
dar a conhecer melhor todo o potencial deste concelho e a «Noite Black &
White» começou com alguma timidez, mas atraiu quase 20 mil pessoas ao Carvoeiro
logo na primeira edição. Depressa percebemos que era um evento com pernas para
andar e temos vindo a melhorá-lo todos os anos, mas sem nunca tirar os pés do
chão, nem entrar em loucuras que colocassem em causa os anos seguintes”, frisou
Francisco Martins, rodeado pela multidão que enchia por completo o Largo da
Praia.
Esta postura manteve-se em 2017, apesar de ser ano de
eleições autárquicas, e num cenário paradisíaco, sem construção em altura, à
luz das estrelas e com o mar logo ali ao lado. “Este é o Algarve genuíno, da
nossa infância e que, infelizmente, se vai perdendo aos poucos. O Carvoeiro
ainda consegue manter essa tipicidade porque o concelho Lagoa assenta num
turismo de qualidade, de gama mais alta, e não no turismo de massas”, referiu o
edil lagoense, enaltecendo o envolvimento de todo o comércio e restauração da
vila, que manteve as portas abertas nesta noite. “Todos aderem à festa com as
suas próprias iniciativas e decoração a rigor, porque já é um evento das gentes
do Carvoeiro”, destaca Francisco Martins, não negando que, em 2014, a ideia não
foi do agrado de todos. “Diziam que, ao fecharmos a rua, ninguém vinha à festa,
que não valia a pena aumentar o espaço de esplanadas durante o evento. Depois,
a meio da noite, todos nos deram os parabéns e pediram para se repetir a festa mais
vezes. Mas isso não é viável, caso contrário, o evento deixa de ser
sustentável”, explica o autarca.
O presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Francisco Martins, a confraternizar com participantes da quarta edição da Noite Black & White |
Ruas cheias de algarvios, de portugueses, de estrangeiros,
deram, assim, o pontapé de saída para a animação de Verão do concelho de Lagoa,
seguindo-se, nas próximas semanas, o «Jazz nas Fontes», o «Mercado de Culturas
à Luz das Velas», os «Doces Conventuais», «Sons do Atlântico», Festas da Nossa
Senhora da Luz, até culminar, como de costume, em mais uma estrondosa FATACIL.
“Todos os eventos mantêm a sua linha orientadora e os melhoramentos que são
introduzidos de ano para ano são sempre feitos com a sustentabilidade futura em
mente. Não vamos cometer excessos por estarmos à porta de eleições e depois, em
2018, cortar com tudo. O importante é que os eventos perdurem no futuro e com a
mesma qualidade. Só assim é que o concelho de Lagoa fica a ganhar”, assegurou o
presidente da Câmara Municipal de Lagoa.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: C. M.
Lagoa