No dia 26 de maio, Paderne, uma das freguesias do interior do concelho de Albufeira, recebeu o I Encontro de Voluntariado de Albufeira, uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal em parceria com o Centro Paroquial de Paderne. O evento juntou dezenas de voluntários e associações ligadas à área, durante um dia inteiro, com o objetivo de discutir a importância do voluntariado na sociedade atual, aproveitando a oportunidade para apresentar testemunhos de voluntários e vários casos de sucesso nas áreas pública e privada.
O Encontro contou com a presença do presidente da Confederação Portuguesa de Voluntariado, Eugénio Fonseca, que é simultaneamente presidente da Cáritas Portuguesa. Durante a sessão de abertura, o presidente da Câmara Municipal de Albufeira sublinhou que “esta atividade deve ser encarada por todos como de enorme relevância a nível social”. Carlos Silva e Sousa relembrou as inundações em Albufeira do dia 1 de Novembro e os “atos de amor” demonstrados pela população que “sem uma organização instituída, naturalmente num ato de cidadania e solidariedade plena, acudiram a quem estava a precisar de ajuda”. Fez ainda referência à importância das pessoas e associações que fazem o trabalho de interesse público que tanto as autarquias como os governos não conseguem realizar.


Ana Vidigal, vereadora da Autarquia com o pelouro do voluntariado, afirmou que, com este evento, “pretendemos promover a partilha e a disseminação das boas práticas que se fazem em Albufeira”. Lançando o mote para o primeiro painel, disse que “é a partir dos mais jovens que podemos caminhar para novas ações de exercício de cidadania”. O presidente do Centro Paroquial de Paderne, padre Pedro Manuel, sugeriu que se deve começar pelo “voluntariado do sorriso” e que é muito importante “colocar o outro no centro do nosso agir”. Eugénio Fonseca, presidente da CPV e da Cáritas Portuguesa, falou sobre a sociedade em que vivemos, mais virada para a quantidade em detrimento da qualidade, qualificando esta última como uma das características do voluntariado. Salientou ainda que “para ser voluntário, não se tem que exigir nada em troca”. Paulo Freitas, presidente da Assembleia Municipal de Albufeira, reiterou a pertinência de se debater e refletir sobre estas questões, que considerou “essências para o desenvolvimento da cidadania”, tendo destacado igualmente o facto do evento ter sido realizado em Paderne, fora da sede do concelho. “É fundamental descentralizar este tipo de iniciativas”, concluiu.
A sessão da manhã, dividida em dois painéis, foi dedicada ao voluntariado nas autarquias, com a participação de representantes dos municípios de Albufeira, Lisboa e Porto. De seguida foram abordados alguns exemplos de boas práticas de voluntariado com a participação, entre outros, do comandante dos Bombeiros Voluntários de Albufeira e dos Agrupamentos dos Escuteiros de Ferreiras (1389) e de Paderne (1009). A sessão da tarde, também dividida em dois painéis, «Ser voluntário» e «Voluntariado», contou com a presença de representantes de várias associações de voluntariado que atuam em diversas áreas de intervenção como a proteção animal, solidariedade social, ciência, saúde, desporto.