Num exercício à escala real efetuado ao início da tarde do dia 22 de dezembro, foram aferidos os procedimentos e a capacidade interna do Aeródromo Municipal de Portimão para responder a situações de emergência, bem como a interação com meios de socorro externo. Participaram neste teste do Plano de Emergência Interno (PEI) um total de 44 operacionais e 22 veículos, que trabalharam sob o cenário de um hipotético incêndio de motor e aterragem de emergência de uma aeronave Dornier 228 na pista do Aeródromo Municipal de Portimão.
A bordo estariam 20 ocupantes, dois tripulantes e 18 passageiros, tendo contado as operações de socorro com a participação do corpo dos Bombeiros Voluntários de Portimão, GNR, PSP, Serviço Municipal de Proteção Civil, Cruz Vermelha Portuguesa, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Instituto Nacional de Medicina Legal. No final, os responsáveis pelas entidades participantes foram unânimes em considerar positiva a experiência e em reconhecer a importância deste tipo de exercícios.
De referir que a validação do PEI é uma das exigências do Instituto Nacional de Aviação Civil para a passagem para a categoria 5 do Aeródromo Municipal de Portimão, com a consequente implementação do Serviço Básico de Salvamento e Luta Contra Incêndios, condição essencial para a operacionalização da carreira aérea de transporte de passageiros Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão, prevista para o próximo ano. Para o efeito, um conjunto de operacionais do corpo de Bombeiros de Portimão concluiu na semana passada formação especializada no combate a incêndios em aeronaves, a qual teve lugar nos aeródromos municipais de Cascais e Portimão.
Esta formação, preconizada com o apoio da Câmara Municipal de Portimão, teve em linha de conta a realidade do concelho em matéria de atividade aeronáutica, nomeadamente face às infraestruturas existentes, como são os casos do Aeródromo Municipal e do heliporto do Hospital do Barlavento Algarvio, visando incrementar o nível de conhecimentos dos bombeiros locais em eventuais acidentes aéreos. A formação em apreço centrou-se em temáticas essenciais para a abordagem a um sinistro desta natureza, tais como a utilização de veículos e equipamentos de intervenção em combate, salvamento e desencarceramento em ambiente aeronáutico, alinhando os procedimentos de intervenção aos perigos que as aeronaves apresentam.
De referir que a Câmara vai estabelecer um protocolo com os Bombeiros Voluntários, como forma de garantir este serviço básico de salvamento e luta contra incêndios no Aeródromo Municipal, facto que implica um investimento específico em termos de equipamento adequado para esse tipo de intervenção, quando está para breve o início da ligação aérea regular entre Bragança e Portimão.