O
dia 26 de janeiro foi preenchido com uma ação de promoção e divulgação, cujo
principal objetivo foi potenciar a capacidade de atração do município enquanto
destino turístico, numa ótica de valorização da sua história, da sua cultura,
do seu património natural e da sua identidade enquanto cidade dos
descobrimentos. A parte da tarde foi dedicada a um passeio pedestre pelo
património arquitetónico religioso do centro histórico , cujo
ponto alto foi a visita à Igreja de São Sebastião e à sua Capela dos Ossos,
desconhecida pela maioria dos participantes.
Durante
a manhã, as várias intervenções tiveram lugar no Salão Nobre dos Antigos Paços
do Concelho, que acabou por ser pequeno para acolher tanta gente. A edil Maria
Joaquina Matos reconheceu que o programa preparado para celebrar esta efeméride
foi modesto, mas merecedor do orgulho de todos. “Tenho a certeza de que
sairemos, no final destes dois
dias , muito mais enriquecidos, assim saibamos apreender todo
o conhecimento a que teremos acesso”, frisou a autarca, uma ideia corroborada
pela Vereadora com o Pelouro da Cultura, Maria Fernanda Afonso . “O
nosso produto «sol e praia» é importantíssimo, mas é sazonal e não permite um
desenvolvimento económico durante todo o ano. Por isso é importante saber tirar
partido de outras valências como a cultura, o património ou, por exemplo, o
turismo da natureza. Estamos agora a apostar e a promover estas vertentes, para
que possamos potenciar todos os recursos do nosso Município”, frisou a
vereadora.
A
primeira intervenção esteve a cargo de João Fernandes, vice-presidente da
Região de Turismo do Algarve (RTA), que focou a sua abordagem no tema «Património
Natural - O Turismo de Natureza». O representante da RTA apresentou alguns dos
pontos integrados na visão estratégica daquele organismo para o turismo do
Algarve, no período temporal 2015 – 2018, dando a conhecer os principais
produtos estratégicos ou elementos diferenciadores e qualificadores da região
(nomeadamente, o sol e praia, o golfe, o turismo náutico, o turismo residencial
e o de natureza, entre outros). Aproveitou também para apresentar os números de
viagens integradas no Turismo de Natureza, na Europa, que em 2011 foi de 16.8
milhões, prevendo-se que aumente para mais de 20 milhões este ano. “Segundo
alguns estudos já efetuados, a previsão é que este mercado ligado às
experiências com a natureza venha a aumentar bastante nos próximos anos”. A
terminar, João Fernandes chamou a atenção para a realização, entre os dias 11 e
19 de abril, da primeira edição da «Algarve Nature Week», iniciativa que o Turismo
do Algarve pretende venha a ser uma montra do turismo de natureza junto de
operadores do setor e do público em geral.
De seguida foi a vez de Luís Azevedo Rodrigues, diretor
executivo do Centro Ciência Viva de Lagos (CCVL), intervir. A apresentação teve
como mote «O Centro
Ciência Viva de Lagos e as saídas de campo», começando aquele professor por afirmar
que o CCVL “assume-se como dinamizador local e regional de uma modificação na
oferta turística, um apontar para que o Algarve apresente muito mais do que
areia, sol e mar”. “É claro que as saídas de campo de índole geológica têm
permitido identificar um novo segmento turístico – o Geoturismo, nomeadamente
através da identificação de algumas praias, arribas e outros locais, em resumo,
parte do património geológico e paleontológico do Barlavento Algarvio”, afirmou
o doutorado em Paleontologia, acrescentando que estas saídas de campo “têm
permitido não só às Escolas e aos professores, mas também aos turistas, uma
ferramenta para que o partilhar a Ciência não seja uma mera transmissão passiva
de conceitos, mas sim a criação de ambientes favoráveis à construção ativa do
saber, do saber fazer, e do saber estar no que à preservação do Património
Natural diz respeito”.
Para o final da manhã ficou a preleção de Valdemar Coutinho,
que falou um pouco sobre o Património
Arquitetónico Militar de Lagos. O conhecido historiador e investigador algarvio
sublinhou “a elevada importância de várias construções aqui existentes que nos
transmitiram uma série de conhecimentos históricos”, nomeadamente as Muralhas
de Lagos, a edificação militar que corresponde ao Forte Ponta da Bandeira, o
Forte da Meia Praia ou a Janela Manuelina.
No dia 27 de janeiro decorreu a Conferência Inaugural do Ciclo de Conferências que a autarquia vai promover durante todo o ano de 2015 subordinadas à temática «Os 600 Anos da Conquista de Ceuta». O orador convidado, e Coordenador Científico deste Ciclo, foiJoão
Paulo Oliveira e Costa, professor
catedrático da Universidade Nova de Lisboa e autor de várias obras, que falou
sobre «O Infante D. Henrique e Lagos». O dia foi ainda marcado pela abertura ao
público de duas importantes exposições: uma de Pintura de Antero Anastácio, nos
Antigos Paços do Concelho e uma Exposição de Banda Desenhada, no Centro
Cultural de Lagos, patente até ao dia 11 de abril.
No dia 27 de janeiro decorreu a Conferência Inaugural do Ciclo de Conferências que a autarquia vai promover durante todo o ano de 2015 subordinadas à temática «Os 600 Anos da Conquista de Ceuta». O orador convidado, e Coordenador Científico deste Ciclo, foi