A Universidade do Algarve iniciou mais um ano letivo num clima de franco otimismo em relação ao futuro e, entre a 1ª e a 2ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, 1239 novos alunos entraram para esta instituição de ensino que continua a reformular a sua oferta educativa de maneira a melhor responder às necessidades do mercado e da região onde se encontra inserida. Em rota ascendente segue igualmente o número de alunos estrangeiros que elegem a academia algarvia para tirar o ensino superior, os centros de investigação e o corpo docente continuam superativos na produção de trabalhos e conteúdos e os pedidos de parceria das entidades públicas e empresas privadas superam em muito a capacidade de resposta da UAlg. Contudo, o reitor António Branco deixa o aviso de que as universidades portuguesas já reduziram ao máximo os seus custos e que o Governo deve inverter o seu paradigma de cortar o financiamento do ensino superior a torto e a direito, sob pena de se prejudicar a qualidade da formação que se está a dar às novas gerações.
Texto e Fotografia: Daniel Pina
O ano letivo 2015/2016 arrancou ao longo do mês de setembro e
a Universidade do Algarve foi notícia por registar um aumento de 19 por cento
do número de candidatos colocados na 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao
Ensino Superior, superando o crescimento verificado no ano transato (14 por
cento) e tendo um desempenho bastante mais agradável do que a média nacional,
que se ficou pelos 11,4 por cento. A Universidade do Algarve continuou a crescer
na 2ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior e, feitas as
contas, são 1239 os novos alunos que iniciaram a sua caminhada no ensino
superior na academia algarvia.
No final das duas fases de acesso, a UAlg apresenta uma taxa
de ocupação de 85 por cento das vagas oferecidas para 2015/16, superando o
registo de 2014/15 (74 por cento) e aproximando-se da média nacional do
presente ano (89 por cento). Destaque igualmente para a evolução do número de
cursos com a totalidade das vagas preenchidas, que subiu de 7, em 2013/14, para
27 em 2015/16. As vagas não ocupadas baixaram também de 366, em 2014, para 200
em 2015 (-45 por cento), pelo que ficaram apenas por colocar 15 por cento das
vagas iniciais, contra 26 por cento em 2014/15 e 43 por cento em 2013/14.
Ora, como a Universidade do Algarve, à semelhança dos
restantes estabelecimentos de ensino superior, não padece dos eternos problemas
com a colocação de docentes, uma vez que a gestão desses recursos humanos é da
sua exclusiva competência, pode-se dizer, sem grande receio de estarmos
enganados, que o reitor António Branco tem todos os motivos para estar
satisfeito com o arranque deste ano letivo. “Estes indicadores deixam-nos muito
contentes, é o segundo ano consecutivo em que mais candidatos ao ensino
superior nos escolhem e a Universidade do Algarve precisava disso. O início de
aulas é sempre bastante complicado, porque envolve operações a vários níveis,
mas, no geral, as coisas estão a correr bem”, afirma o responsável máximo pela
UAlg.
Isso não significa que tudo seja um mar de rosas e a verdade é que a academia algarvia sofreu, nos últimos quatro, cinco anos, o maior corte jamais verificado na dotação orçamental do ensino superior e todos os reitores das universidades e presidentes dos politécnicos têm frequentemente avisado que pode já se ter ultrapassado o limite a partir do qual pode estar em causa a sobrevivência, com um mínimo de saúde, destas instituições. “Nós temos correspondido, ao longo destes anos, ao esforço que nos foi pedido, no sentido de ajustarmos as nossas formas de trabalhar aos problemas financeiros que o país atravessava. Claro que a Universidade do Algarve não corre o risco de fechar mas, se não houver uma inversão de política de financiamento do ensino superior, pode-se perder qualidade no trabalho que estamos a fazer e pode haver ruturas em determinados serviços ou cursos”, analisa o entrevistado, preocupado. “Algumas instituições estarão no limite, outras já terão mesmo passado dele, mas resta-nos esperar pelo resultado das eleições para ver qual será a postura dos nossos governantes”.
Leia a entrevista completa em:
http://issuu.com/danielpina1975/docs/algarve_informativo__26
Isso não significa que tudo seja um mar de rosas e a verdade é que a academia algarvia sofreu, nos últimos quatro, cinco anos, o maior corte jamais verificado na dotação orçamental do ensino superior e todos os reitores das universidades e presidentes dos politécnicos têm frequentemente avisado que pode já se ter ultrapassado o limite a partir do qual pode estar em causa a sobrevivência, com um mínimo de saúde, destas instituições. “Nós temos correspondido, ao longo destes anos, ao esforço que nos foi pedido, no sentido de ajustarmos as nossas formas de trabalhar aos problemas financeiros que o país atravessava. Claro que a Universidade do Algarve não corre o risco de fechar mas, se não houver uma inversão de política de financiamento do ensino superior, pode-se perder qualidade no trabalho que estamos a fazer e pode haver ruturas em determinados serviços ou cursos”, analisa o entrevistado, preocupado. “Algumas instituições estarão no limite, outras já terão mesmo passado dele, mas resta-nos esperar pelo resultado das eleições para ver qual será a postura dos nossos governantes”.
Leia a entrevista completa em:
http://issuu.com/danielpina1975/docs/algarve_informativo__26