A «Ala dos Namorados» foi a convidada de honra da Gala Lagoa Cidade do Vinho 2016, que teve lugar no dia 20 de fevereiro, no Centro de Congressos do Arade. Um espetáculo que esgotou por completo a sala e que levou a assistência ao rubro com os êxitos de mais de duas décadas de carreira da banda de Manuel Paulo e Nuno Guerreiro, mas também com algumas novidades que a dupla tem vindo a integrar gradualmente nos espetáculos da Tour Felicidade. Para quem não teve a oportunidade de assistir ao concerto, segue-se nova data no Algarve, em Loulé, no dia 19 de março, terra natal de Nuno Guerreiro.

Texto: Daniel Pina
Fotografia: Aurélio Vasques

Como era de esperar, o Centro de Congressos do Arade encheu por completo para assistir ao concerto que a «Ala dos Namorados» deu, no passado dia 20 de fevereiro, inserido na Gala Lagoa Cidade do Vinho 2016. Uma atuação apaixonante, como são todas, da dupla Nuno Guerreiro e Manuel Paulo, acompanhados em palco por Zé Nabo (baixo), Mário Delgado (guitarras), Alexandre Frazão (bateria e percussão) e Rúben Santos (trombone), e onde se revisitaram as grandes canções de mais de 20 anos de carreira.
Temas como «Caçador de Sóis», «Loucos de Lisboa» ou «A História do Zé Passarinho» deixaram a assistência em êxtase, mas também se escutaram canções do mais recente álbum, «Felicidade», como a dupla explicou ao Algarve Informativo. “Estamos a integrar melodias novas, uma imagem refrescada e outras surpresas. Há concertos em que atuamos em quarteto, outros com a banda toda, mas continua a ser o típico som da «Ala dos Namorados»”, indicou o louletano Nuno Guerreiro. “Nós fizemos, em 2013, um disco de duetos, «O Razão de Ser», e demos muitos concertos com os nossos amigos, vozes e instrumentistas como o Rão Kyao, o Carlos do Carmo, o António Zambujo e outros. Agora, regressamos ao formato habitual, nós dois, com as nossas composições e os músicos que nos acompanham regularmente”, prosseguiu Manuel Paulo.
Uma tournée que assenta bastante no último álbum de originais editado pela dupla, «Felicidade», mas Manuel e Nuno já estão a trabalhar em canções novas, pegando, inclusive, em temas do seu imaginário e do Cancioneiro Português para lhes dar uma nova roupagem. “Coisas do Max e do Tony de Matos, por exemplo, um território onde o Nuno se movimenta muito bem, e onde podemos arranjar as músicas e harmonizá-las de uma forma bastante pessoal. É a visão da «Ala dos Namorados» sobre essas canções e esta sala traz-nos excelentes recordações. Tocamos cá em 2014 com a Viviane, foi um concerto fantástico, o público foi maravilhoso e a experiência, felizmente, repetiu-se esta noite”, descreveu Manuel Paulo.
Está mais que provado que a mudança de figurino, há uns anos, da «Ala dos Namorados» não tirou dinâmica e qualidade ao projeto musical, mas Manuel Paulo e Nuno Guerreiro encararam as saídas com naturalidade. “Primeiro fomos três – eu, o João Gil e o João Monge, depois veio o José Moz Carrapa, o Nuno só apareceu mais tarde. Este era o núcleo central de composição e arranjos, a que se juntavam outros excelentes músicos. Depois, ficamos só nós dois, mas o funcionamento é exatamente o mesmo e continuamos a tocar coisas do Gil com o maior prazer”, esclareceu Manuel Paulo, afastando qualquer controvérsia e garantindo que o grupo está de boa saúde.