A Fundação Irene Rolo
festejou, em abril, os 34 anos de atividade ao serviço das pessoas com
deficiências e incapacidades e suas famílias, bem como de outros públicos
vulneráveis. Um trabalho de mérito nas áreas da prevenção, acolhimento,
reabilitação profissional e inserção social realizado, não só no concelho de
Tavira, onde está localizada, mas de âmbito regional, como ficamos a saber à
conversa com o presidente do Conselho de Administração, Macário Correia, e
Carla Vicente, Diretora de Serviços.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
A Fundação Irene Rolo, em Tavira, conheceu uma agitação
acrescida nas últimas semanas, devido aos festejos do seu 34.º aniversário, no
dia 15 de abril, mas também à instalação de uma sala de terapia multissensorial
Snoezelen, no final de março, uma oferta da Fundação Vodafone Portugal a esta
Instituição Particular de Solidariedade Social que apoia pessoas com
deficiência e incapacidades, de diferentes grupos etários. A sala
Snoezelen vai permitir que os utentes da Fundação Irene Rolo, bem como de
outras instituições do concelho de Tavira com as quais celebre protocolos,
possam usufruir de sessões de terapia devidamente acompanhados por técnicos
especialistas, com reconhecidas mais-valias para a sua qualidade de vida.
Com estes dois momentos como pano de fundo, rumamos a Tavira
para melhor conhecer uma IPSS criada por doação de Irene Dulce da Palma Arez
Rolo, em 15 de Abril de 1982, e cuja missão é apoiar pessoas com necessidades
especiais e suas famílias, bem como outros públicos vulneráveis, no âmbito da
prevenção, acolhimento, reabilitação, formação profissional e inserção social,
com vista à promoção da qualidade de vida. Um trabalho dividido por várias
valências, logo a começar pela Intervenção Precoce, direcionada para crianças
dos 0 aos seis anos de idade em situação de risco biológico e/ou ambiental.
Nesta área, os objetivos passam por desenvolver programas adequados às
necessidades específicas de cada criança, com vista à promoção do seu
desenvolvimento, para além de capacitar as famílias de forma a tornarem-se mais
competentes e independentes no acompanhamento dos seus filhos, e isso é feito
através da terapia ocupacional, terapia da fala, fisioterapia, psicologia e
serviço social.
Outra valência importante da Fundação Irene Rolo é o Centro
de Reabilitação e Formação Profissional, a pensar nas pessoas com deficiências
e incapacidades, com idade igual ou superior aos 16 anos, e que não se
encontrem ao abrigo da escolaridade mínima obrigatória. Aqui, o intuito é dotar
estes utentes de competências para o exercício de uma atividade profissional,
existindo os cursos de mecânico/a de automóveis ligeiros, operador/a de
armazenagem, assistente administrativo/a, operador/a de jardinagem, operador/a
de impressão, empregado/a de andares, pasteleiro/a e padeiro/a e cozinheiro/a.
O Centro de Atividades Ocupacionais foca-se igualmente nos jovens com mais de
16 anos, portadores de deficiência intelectual grave ou profunda, em regime de
semi-internato, com o objetivo de desenvolver e manter a autonomia pessoal e
social nas áreas de independência pessoal, socialização, comunicação e
desenvolvimento cognitivo e motor, tendo em conta as suas competências,
necessidades, expetativas e motivações.
Uma mais-valia da Fundação Irene Rolo é o seu Lar Residencial,
indicado para pessoas portadoras de multideficiências, a partir dos 16 anos, e
que se encontrem impedidos, temporária ou definitivamente, de residir no seu
meio familiar. “Mas temos igualmente um Alojamento de Emergência Social, uma
resposta destinada a pessoas ou famílias em situação de vulnerabilidade e
desproteção social, pessoas que ficam sem abrigo e que não vêm supridas as suas
necessidades básicas no imediato e há que protegê-las de qualquer situação de
perigo”, explica a Diretora de Serviços Carla Vicente, adiantando que essas
pessoas chegam a esta IPSS através da Segurança Social ou da Linha Nacional de
Emergência Social (144).
Leia a reportagem completa em:
https://issuu.com/danielpina1975/docs/algarve_informativo__55
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