Até ao próximo dia 28 de agosto vai ser possível apreciar,
no Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira, a exposição que traz até nós
diversos motivos de satisfação pela alimentação que marca a cultura
mediterrânica desde tempos ancestrais e que tem vindo a ser alvo de interesse
não só turístico, como científico. O interesse pelos alimentos que constituem a
Dieta Mediterrânica e o modo de os confecionar tem permitido estabelecer
padrões de comparação entre a nossa e outras práticas alimentares, sendo que
uma das diferenças refere-se à longevidade e à manutenção da saúde. As diversas
vantagens da Dieta Mediterrânica foram, de resto, um dos pontos salientados por
Jorge Queiroz, diretor do departamento de Cultura, Património e Turismo da
Câmara Municipal de Tavira e Coordenador Técnico da candidatura transnacional
da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO,
aquando da inauguração desta exposição, a 17 de junho.
O vinho, os cereais e o azeite foram o mote para um pouco de
história da região e benefícios para a saúde na intervenção do presidente
Câmara Carlos Eduardo da Silva e Sousa, que se dirigiu a jovens presentes,
lembrando nomeadamente o valor do figo, que poderia ser a totalidade da
refeição dos algarvios de outrora, devido ao seu valor energético e capacidade
de conservação. A responsável pelo Museu, Idalina Nobre, apresentou por seu
turno a história da alimentação em Albufeira, referindo, por exemplo, o
apreciado café ainda sob o domínio árabe e as quantidades e qualidade das
ostras outrora existentes neste Município. Depois da visita à exposição, foi
possível degustar diversas iguarias regionais, nomeadamente as papas de milho
com berbigão e conquilhas.
A mostra pode ser visitada de quarta a sexta-feira, das 9h30
às 17h30, e aos sábados, domingos, terças e feriados das 9h30 às 12h30 e das
13h30 às 17h30. O Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira encerra à
segunda-feira.