A 37ª FATACIL – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa abriu portas no dia 19 de agosto e depressa se constatou estarmos perante um evento completamente transfigurado, surgindo com um visual mais moderno, minimalista e atraente. Com um cartaz de artistas de fazer inveja, a presença do melhor que o Algarve tem para oferecer em termos de comércio, artesanato, gastronomia e serviços, bem como expositores provenientes de todos os pontos do país, a FATACIL prolonga-se até 28 de agosto e merecerá, com certeza, a visita dos algarvios e dos milhares de turistas portugueses e estrangeiros de férias no Algarve.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

A 37ª FATACIL – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa decorre até 28 de agosto, assumindo-se como a maior feira de cariz nacional a sul do Tejo e com uma imagem mais fresca, rejuvenescida e apelativa, naquele que é o primeiro ano em que a organização do certame passa a ser da total responsabilidade da Câmara Municipal de Lagoa. A par desta mudança, notam-se de imediato várias alterações estruturais no recinto, onde irá nascer no futuro um Parque Urbano com capacidade para outro tipo de manifestações fora do tempo da FATACIL e que traga os lagoenses a este espaço nobre da cidade.
No ano em que Lagoa é «Cidade do Vinho 2016», a FATACIL presta a devida homenagem à qualidade dos vinhos da região, mas novidades acontecem igualmente no setor equestre, já para não falar de um cartaz de artistas soberbo, onde pontificam nomes como D.A.M.A., Anselmo Ralph, The Gift, Agir, Miguel Araújo, Quim Barreiros, Rita Guerra, Mickael Carreira, Ana Moura e Rui Veloso. Era compreensível, assim, a satisfação evidente em Francisco Martins, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, no momento em que inaugurava oficialmente este evento que, na sua génese, há quase quatro décadas, pretendia apenas ser uma mostra do que era feito no concelho. “Cresceu, criou dimensão, ultrapassou as fronteiras da região e afirmou-se no contexto nacional como um dos maiores certames deste género. Muitos homens e mulheres trabalharam para que a FATACIL fosse aquilo que ela é hoje mas, como em tudo na vida, não há nenhuma fórmula de sucesso que perdure no tempo. Ciclicamente, temos que saber inventar, dar um passo em frente, ter a coragem de não ficarmos agarrados a um modelo que bastantes vezes temos consciência que vai definhando”, afirmou o edil lagoense.
Um desses passos foi dado, então, em 2016, sendo a primeira edição organizada diretamente pelo Município de Lagoa, quando, até agora, essa responsabilidade cabia à FATASUL, associação da qual a autarquia fazia parte. “Foi um ano difícil, porque a burocracia que temos que ultrapassar criou-nos muitos constrangimentos. Houve bastante gente na expetativa que a FATACIL, quando chegasse o dia de abertura, não estivesse pronta, mas aqui está, pronta, de pé e a começar a melhor edição de sempre”, sublinhou Francisco Martins, dando os parabéns a quem andou no terreno para que estivessem reunidas todas as condições necessárias para o êxito do evento.
Aproveitando a presença de diversas individualidades, dirigentes associativos, empresários e deputados da Assembleia da República, Francisco Martins lamentou que nem sempre o Algarve estivesse devidamente representado naquela que é, sem dúvida, a maior montra do que se faz na região. “O nosso desafio nesta reinvenção da FATACIL não é alterar a sua identidade, mas sim ir buscar a sua identidade. Este é o maior evento que se realiza no Algarve, recebemos dezenas de milhares de visitantes, a maior parte deles não são da região, e eles devem levar daqui uma ideia do que temos para oferecer como um todo”, defendeu. “Há 20 anos que ouço dizer que o «Sol e Praia» é um produto que se esgota, mas nós temos muito mais para dar e é importante que os decisores políticos, que o tecido económico e associativo, que todos aqueles que dizem que devemos procurar soluções, que o sintam verdadeiramente e atuem em conformidade”.

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