O Prémio Regional Maria Veleda/2016 foi atribuído, por
unanimidade, à personalidade José Luís Leite da Silva Louro, candidatura
apresentada pelo Club Farense. No dia 10 de Outubro de 2016 reuniram-se os
elementos do júri, constituído por Alexandra Rodrigues Gonçalves, Diretora
Regional de Cultura do Algarve, que presidiu à reunião, Ana Paula Amendoeira,
Diretora Regional de Cultura do Alentejo, António Branco, Reitor da
Universidade do Algarve (UALg), Idálio Revez, Jornalista do «Público», José
Carlos Barros, Arquiteto Paisagista, Lídia Jorge, Escritora, Mirian Tavares,
Diretora da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UAlg., Natividade
Monteiro, Professora e Investigadora e Paulo Cunha, Professor de Música, para
avaliar as oito candidaturas rececionadas.
Após análise do conjunto das candidaturas, o júri deliberou
distinguir com o Prémio Regional Maria Veleda 2016 o Professor José Luís Leite
da Silva Louro, reconhecendo que o seu percurso de vida, bem como a sua
participação cívica e cultural são um relevante testemunho que vai totalmente
ao encontro dos critérios e do espírito subjacentes a esta distinção. A sua
ação e intervenção no âmbito do ensino, mas também da juventude e do
associativismo, foi precursora de novas práticas culturais no Algarve, tendo
estado na criação do grupo de teatro universitário SIN-CERA, na fundação da
Companhia de Teatro do Algarve e na formação do grupo de teatro Al-Masrah.
Para além de um incontestável pedagogo e um amante e
especializado conhecedor da poesia pessoana, assumiu a função de programador no
Teatro Lethes e, mais tarde, no Teatro Municipal de Faro. Mobilizou jovens e
marcou a história do teatro no Algarve, tornando-se numa referência
inquestionável da educação pela arte na região. Na relação com os princípios de
igualdade de género e de oportunidades, bem como do exercício de uma cidadania
ativa foi responsável, entre outras atividades, pela peça levada à cena Casa de
Bonecas do dramaturgo Henrik Ibsen, de 1879,
texto icónico na luta pela emancipação das mulheres.
A criação deste Prémio, em 2014, pela Direção Regional de
Cultura do Algarve, pretende reconhecer o percurso cultural e cívico de
personalidades que se tenham revelado como protagonistas de intervenções
particularmente relevantes e inovadoras na Região como, igualmente,
inscrever-se no âmbito da resposta às medidas previstas no programa «Mulheres
criadora de cultura», preconizadas no V Plano Nacional para a Igualdade de
Género, Cidadania e não Discriminação, a decorrer no período de 2014-2017. A
entrega do galardão, previsto para o mês dezembro, tem uma dotação de cinco mil
euros e uma medalha comemorativa, da empresa de cortiça PELCOR, que desde o
início está associada ao Prémio Regional «Maria Veleda».