O Programa «Castelo de Portas Abertas» vai continuar a receber visitantes ao longo deste Inverno, na primeira e terceira quarta-feira de cada mês, entre as 10h e as 16h, até abril. Situado na margem da Ribeira de Quarteira, em Paderne, foi um dos últimos castelos conquistados à ocupação muçulmana e é um dos melhores exemplares de construção de taipa militar a sul do Tejo e da Península Ibérica, ali estando há mais de 900 anos. 
Visitar o Castelo de Paderne, significa relembrar os primórdios da região. Sabe-se pelas crónicas sobre Dom Paio Peres Correia, cavaleiro da ordem de Santiago, que este era um castelo “forte e muito bom da grande comarca em redor, entre Albufeira e a serra”. Deste modo, o programa que durante os meses de Verão permitiu que centenas de visitantes conhecessem este monumento, vai prologar-se ao longo do Inverno.
As muralhas do Castelo envolvem uma área com cerca de um hectare e encontram-se separadas da torre albarrã por aproximadamente um metro de distância. Considerado um dispositivo de defesa, a torre tem seis metros de base e nove de altura e deverá em breve ser alvo de recuperação. Esta intervenção, já há muito ambicionada pelo Município de Albufeira, será possível graças aos acordos de cooperação firmados em Julho deste ano com a Direção Regional de Cultura do Algarve (DRCA) e com a Fundação Millennium BCP.
O total da obra, estimada em cerca de 100 mil euros – restauro da torre, introdução de sinalética e manutenção da zona evolvente-, irá ser assegurado da seguinte forma: 75 por cento pela DRCA mediante candidatura a financiamento europeu; 25 por cento pela Câmara Municipal de Albufeira até um montante máximo de 30 mil euros; e a comparticipação de 30 mil euros por parte da Fundação Millennium BCP, na qualidade de Mecenas. O Castelo de Paderne, um dos últimos conquistados à ocupação muçulmana e construído na segunda metade do século XII, é um dos melhores exemplares de construção de taipa militar a sul do Tejo e da Península Ibérica, sendo o testemunho de 900 anos de permanência na paisagem.