Carlos Silva e Sousa, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, Isabel Machadinho, preponente do projeto,
e Ana Pífaro, coordenadora do Orçamento Participativo de Albufeira


Foi inaugurado, no dia 14 de dezembro, o Centro de Bem-Estar Animal de Albufeira, o projeto vencedor da edição de 2015 do Orçamento Participativo deste concelho. A capital do turismo algarvio ganha, assim, uma estrutura importante para acolher e tratar de animais, sobretudo gatos e cães, com vista a uma mais fácil e rápida adoção.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

Nasceu, nas Instalações Municipais de Vale Pedras, em Albufeira, o Centro de Bem-Estar Animal, obra orçada em 60 mil euros e que foi a vencedora do Orçamento Participativo de 2015 deste concelho, numa ideia proposta por Isabel Machadinho. Na inauguração do novo equipamento, no dia 14 de dezembro, Ana Pífaro, destacou a visão do edil Carlos Silva e Sousa ao colocar nas mãos dos cidadãos uma ferramenta que lhes permite ter uma participação ativa nas escolhas feitas no município. “O OP tem vindo a subir de ano para ano, não só ao nível de participação da população, mas também da verba disponibilizada pela autarquia e que será, em 2017, de 250 mil euros. Isto possibilitará que se coloquem em prática grandes e bons projetos”, revelou a coordenadora do Orçamento Participativo de Albufeira.
Ana Pífaro endereçou igualmente uma palavra especial a Isabel Machadinho, a preponente do projeto do Centro de Bem-Estar Animal de Albufeira, bem como a todos os técnicos municipais pelas horas que despenderam para tornar realidade um projeto que era novo no concelho. “Foi muito tempo gasto fora do horário de trabalho, indo de freguesia em freguesia, a explicar às pessoas como tudo funcionaria. Ninguém tinha experiência nesta matéria e tenho a certeza que os próximos projetos serão ainda melhores. Os munícipes estão mais ativos e espero que reconheçam o esforço que a Câmara Municipal de Albufeira faz para colocar esta verba à sua disposição”.
Muito satisfeito mostrou-se Carlos Silva e Sousa, pela concretização da obra em si, mas por verificar, também, que os cidadãos estão a participar mais nas decisões do dia-a-dia das suas terras. “Aquela história do poder político estar distante da população e ‘eles que façam’ não faz sentido nos tempos modernos. O OP tem a virtude da realização decorrente das ideias que chegam das pessoas e mesmo as que não são vencedoras não deixam de ser válidas e podem, inclusive, vir a ser aproveitadas pela autarquia no futuro”, frisou o presidente da Câmara Municipal de Albufeira.
O edil destacou igualmente o entusiasmo e entrega dos funcionários da autarquia ao OP e defendeu que esta interligação entre políticos e cidadãos tem que ser cada vez mais forte e constante. “Para as pessoas se sentirem representadas, para perceberem que são objeto de atenção e que as suas palavras são ouvidas e concretizadas, como é o caso deste Centro de Bem-Estar Animal. Começamos o OP com alguma timidez e com fortes limitações financeiras, mas existe uma vontade muito grande da nossa parte em que ele seja uma realidade mais forte no futuro”, afirmou Carlos Silva e Sousa. “As pessoas devem todas remar para o mesmo lado. Não podemos esquecer as nossas responsabilidades para as gerações futuras, ou seja, não devemos gastar hoje o que os nossos filhos e netos vão pagar mas, dentro das nossas possibilidades, temos que fazer o melhor possível”.
Sobre a obra que estava a ser inaugurada neste dia, o presidente considerou que os animais devem ser olhados e tratados com a dignidade que merecem. “Só assim uma população se pode considerar minimamente justa e evoluída. Os animais domésticos são grandes amigos que temos, são de uma lealdade extraordinária, e não podem ser abandonados só porque estão mais velhos e deixaram de ter tanta graça, ou porque vamos de férias durante o Verão”, criticou Carlos Silva e Sousa. “Fico muito feliz por dizer que, em Albufeira, tratamos bem os nossos animais e é importante motivar as pessoas para a sua adoção. Este é um projeto bonito, de amor, e estamos todos de parabéns”