O Secretário de Estado do Emprego veio ao Algarve, no dia 16 de dezembro, para assinar um acordo de colaboração entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional, a Câmara Municipal de Loulé e o Consórcio Caravela Startup Algarve para dinamizar o Ninho de Empresas de Loulé. Nasce, assim, o Centro de Incubação e Aceleramento Empresarial de Loulé-Algarve, cujo objetivo é atrair empresas das novas tecnologias, nacionais e internacionais, e demonstrar que o Algarve possui todas as condições para ser um género de «Silicon Valley».

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

O Ninho de Empresas de Loulé - CACE, situado no Loteamento Industrial de Loulé, deu lugar ao Centro de Incubação e Aceleramento Empresarial de Loulé – Algarve, como resultado de um acordo assinado entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional, a Câmara Municipal de Loulé e o Consórcio Caravela Startup Algarve, no passado dia 16 de dezembro. O intuito é fomentar o aparecimento de novas empresas na região, potenciando o desenvolvimento socioeconómico no Algarve, reduzindo o desemprego e diversificando e modernizando a atividade produtiva e empresarial.
A gestão fica entregue ao Consórcio Caravela Startup Algarve, constituído pelo Círculo Teixeira Gomes – Associação pelo Algarve, pela REGIOTIC – Associação Empresarial para as Tecnologias de Informação, Comunicação e Desenvolvimento do Algarve e pela Associação IBN QASI, que constituirá a equipa técnica e assegurará em permanência a capacidade de atendimento e aconselhamento no Centro. “Os CACE a nível nacional, fruto dos cortes orçamentais resultantes da presença da troika em Portugal, mantiveram-se abertos mas sem conteúdo humano que os pudesse dinamizar e foram sendo geridos graças à boa-vontade dos funcionários do IEFP, mas à distância. Como conhecíamos bem o espaço, tentamos perceber se podíamos colaborar nessa vertente e a nossa intenção foi bem recebida, quer pelo Instituto do Emprego, como pela Câmara Municipal de Loulé e pelo poder central”, explica Paulo Bernardo, um dos responsáveis da REGIOTIC.
Ninho de Empresas de Loulé que, diga-se em abono da verdade, é dos melhores de Portugal, com uma taxa de ocupação na ordem dos 88 por cento, mas faltava uma estrutura de apoio e maior dinamismo na atração de outras empresas. “Os portugueses normalmente menosprezam aquilo que têm, mas aquele espaço é bom em qualquer parte do mundo e o que queremos é dar-lhe mais vida. Para além disso, a Caravela Startup Algarve deseja potenciar todos os parques empresariais da região”, reforça Paulo Bernardo.
Com esse objetivo em mente, há que aproveitar fundos comunitários para promover o Algarve como uma região de negócios, mas também fazer uso da rede de contatos que todos os integrantes do consórcio possuem nos mais variados pontos do globo. “O nosso background está fortemente relacionado com as novas tecnologias, estamos prontos para ir para o terreno já no dia 2 de janeiro, porque a estrutura está bem consolidada, e acredito que os resultados vão aparecer no muito curto prazo”, refere, por sua vez, Germano Magalhães, também da REGIOTIC. E um dos primeiros alvos a ser «atacado» pela Caravela Startur Up Algarve são os milhões de turistas estrangeiros que visitam todos os anos a região. “Não recebem nenhuma informação de que o Algarve, para além de ser bom para se passar férias, também é ótimo para se trabalhar e montar um negócio próprio. Esse vai ser um dos primeiros passos, mas também vamos atuar junto das universidades fora do Algarve e de Portugal que tenham cursos que se adequem com as atividades que podem funcionar na região, designadamente ligadas ao mar, à saúde, às novas tecnologias, às artes, entre outras”, acrescenta Paulo Bernardo.