O Cineclube de Faro leva à Catedral de Silves, no dia 6 de janeiro, pelas 21h30, o filme «Visão, a Vida de Hildegard Von Bingen» (Vision – From the Life of Hildegard von Bingen), da realizadora alemã Margarethe Von Trotta. O filme aborda a vida e obra de Hildegard von Bingen, freira beneditina que foi compositora, dramaturga, médica, poeta, naturalista e cientista, descrita por São João Paulo II como «uma luz para o seu povo e para o seu tempo» que «continua a brilhar com mais intensidade ainda hoje».
Realizado por Margarethe von Trotta, considerada como a força condutora do novo cinema alemão, que se tem dedicado a retratar a vida e obra de algumas mulheres de grande influência no mundo, este filme integra uma seleção feita propositadamente para o projeto Video Lucem, que leva às Igrejas Algarvias a sétima arte. «Video Lucem» integra o programa Algarve 365 (promovido pelo Turismo de Portugal e o Ministério da Cultura) e conta com o apoio da Direção Regional de Cultura do Algarve, da Câmara Municipal de Silves e da Diocese do Algarve, através dos sectores da Pastoral do Turismo e da Pastoral da Cultura e da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Silves.
Este filme é um dos 22 que serão exibidos entre os meses de novembro e maio, procurando que todos os espectadores possam perceber a relação existente entre Cinema e Religião, tendo precisamente a luz como elemento de convergência, enquanto símbolo da Revelação, do Sagrado e do Divino no cristianismo e, simultaneamente, enquanto fator determinante para o cinema e para a sua materialização. Por isso, as escolhas feitas pelos programadores deste projeto procuram trazer para as sessões uma perspetiva cinematográfica da espiritualidade (ou será uma perspetiva espiritual do Cinema?) e oferecer um conjunto de obras de referência da História do Cinema, intemporais e essenciais por si só, mas cujo enquadramento e a relação que instituem, quer entre si, quer com cada igreja que os acolhem, constituirão oportunidades únicas e irrepetíveis para todos os espetadores de poderem perceber essa relação da arte e do sagrado ou, como dizia Fellini, poderem ver o cinema.