A Casa do Sal, em Castro Marim, recebe, no dia 2 de
fevereiro, no âmbito do Dia Mundial das Zonas Húmidas e do programa de educação
ambiental da Bandeira Azul 2017, com o tema anual «O Teu Planeta é a Tua Terra»,
a exposição de fotografia «Vida no Sapal de Castro Marim e VRSA», por Agostinho
Gomes. Patente até ao dia 31 de março, esta exposição apresenta um conjunto de
cerca de 80 fotografias sobre a vida na Reserva Natural do Sapal de Castro
Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA), nomeadamente as numerosas
espécies de aves aquáticas que por lá passam, fazendo desta uma das áreas de
maior interesse ornitológico do nosso país, legitimando o seu estatuto de zona
húmida de importância internacional, que lhe é conferido pela Convenção de
Ramsar (www.icnf.pt/portal/naturaclas/ei/ramsar).
Para além da zona húmida, que abrange aproximadamente 70 por
cento da superfície da área protegida, esta integra ainda zonas secas de uso
agrícola e zonas de cota mais elevada que correspondem já às encostas da serra
algarvia, com espécies animais e vegetais próprias. A Reserva Natural do Sapal
de Castro Marim e VRSA é ainda uma área Natural.pt, uma «marca» da propriedade
do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, que faz parte de uma
estratégia de promoção valorização das áreas protegidas, sendo esta uma
iniciativa que visa a divulgação integrada do território, dos produtos e
serviços existentes nas áreas protegidas e na sua envolvente próxima, e que com
elas partilhem valores e princípios de sustentabilidade e valorização da
natureza e dos recursos endógenos.
Na Reserva Natural também se desenvolvem diversas atividades
humanas relacionadas com a presença da água, sendo a salinicultura a principal
atividade económica desta zona húmida e o seu salgado local reputado pela
qualidade do produto. E é desta simbiose do Sapal com o sal que nasce a
Casa do Sal, no âmbito do projeto «Sal do Atlântico» Interreg III B, Arco
Atlântico e cofinanciada pelo projeto PROMAR.
A «Vida no Sapal» é uma exposição inédita de uma reserva com
o maior número de espécies de aves do país, resultado de muitas horas e dias de
espera e observação, aliadas às boas técnicas de fotografar de Agostinho Manuel
Soromenho Gomes, natural de Castro Marim e residente em Vila Real de St.
António, que se dedica, desde os anos 80, ao seu interesse pela avifauna da
região do Baixo Guadiana. A sua paixão é agora traduzida nesta exposição, que
surge como ação de sensibilização para a biodiversidade e necessidade de
proteção das espécies existentes nesta área de importância internacional, cujo
objetivo é o de “conhecer para proteger”, na lógica do “pensar global, agir
local”.