Albufeira vai ser paragem obrigatória da digressão de «Leôncio
e Lena» por terras algarvias, com a récita a acontecer no dia 10 de fevereiro,
às 21h30, no Auditório Municipal.
O texto do dramaturgo alemão Georg Büchner, que serve de
base a esta peça, é transversal a todas as gerações e sociedades. Uma narrativa
simples e ao mesmo tempo vanguardista que não deixou João de Brito indiferente,
que aproveitou o romantismo e poética das palavras para trabalhar questões como
o metateatro, a dissonância, a música, o vídeo e a desconstrução. Partindo
desta base dramatúrgica, o encenador procurou as identidades e especificidades
da história e cultura algarvias, os inevitáveis contrastes entre barlavento e
sotavento, e criou uma peça original, questionadora e cativante.
A narrativa é sobre os dois reinos que dividem o Algarve, o
pequeno reino do Barlavento e o pequeno reino do Sotavento. Leôncio e Lena são
príncipes destes distintos reinos. Por vontade real, os seus destinos
cruzar-se-ão por vias do matrimónio. Ambos fogem para Lisboa. Sim, diz que se
cruzam e sem se conhecerem apaixonam-se e casam. Ah o acaso e tal, mas não é
bem assim.