A Câmara Municipal de Silves leva a efeito, ao longo do mês de março, com a colaboração das escolas do concelho, várias sessões de sensibilização, integradas no projeto de intervenção «Stop Bullying», que resultarão na criação de um vídeo promocional do projeto e do seu conceito. Até ao momento, cerca de 100 jovens já participaram nesta iniciativa, que se encontra na terceira fase de aplicação, considerando que já se efetuou um diagnóstico das violências nas Escolas do Concelho de Silves (1ª fase), através da aplicação de questionários a todos os jovens em contexto escolar, entre o 5.º e o 9.º ano.
Este instrumento permitiu aferir dados concretos sobre a dimensão do fenómeno do Bullying no Concelho de Silves e o seu impacto nas vítimas, assim como fazer uma análise descritiva dos resultados, de modo desenvolver ferramentas de intervenção de acordo com a realidade auscultada no concelho. O tratamento/análise de dados foi assegurado pelo PIAGET de Silves. Posteriormente foi criado e auscultado um grupo de jovens voluntários para participarem ativamente no Projeto Stop Bullying no Concelho de Silves (2ª fase), envolvendo-os no projeto, nomeadamente na 3ª fase do mesmo, que está a decorrer, ou seja, na realização do vídeo promocional que alerte para as questões da violência e que resultará do registo de entrevistas e de simulações de ações de bullying.
O projeto culminará com a realização de formação com um técnico/instituição de referência sobre o combate ao Bullying, para os jovens voluntários virem a ser Jovens Líderes da Não-violência Escolar e da Paz, na sua Escola, no ano letivo 2017-2018 (os jovens Líderes serão responsáveis por estar alerta/atentos ao que se passa na sua escola, para intervirem na mediação de conflitos, fazendo a ponte entre os seus pares e os professores). Esta iniciativa visa a criação de mecanismos/ferramentas de trabalho que permitam às escolas intervir, concretamente, no âmbito das formas de violência existentes nos seus espaços, tendo sido concebido para combater a problemática do Bullying nos estabelecimentos de ensino locais. Simultaneamente, permitirá o desenvolvimento de um trabalho em rede, com parceiros de diferentes áreas, potenciador de uma intervenção multidisciplinar, que possa contribuir para a diminuição deste problema vivido pela comunidade infantojuvenil (infância e adolescência).