O Auditório Municipal de Albufeira voltou a acolher o
Festival T, evento que festejou o seu 10.º aniversário com cinco dias de
celebração à volta do Teatro. A programação incluiu apresentações para todos os
gostos e públicos, envolvendo diversos atores locais. Destaque para a
instituição do Prémio Vicente de Teatro, que distinguiu diversas categorias,
atores, encenadores e dramaturgos locais que passaram ao longo destes 10 anos
pelo Festival T, assim como alguns organismos afetos a este encontro. Referência
ainda à homenagem feita a Rui Cabrita, ator e encenador falecido no final do
ano passado.
Foram cinco dias de celebração com o Teatro em destaque, ou
não fosse o Festival T- Festival Internacional de Teatro de Albufeira, um dos
momentos altos da vida cultural deste concelho. O Festival despediu-se num mar
de lenços brancos que acenavam em adeus aos três pastorinhos que, na hora
anterior, arrancaram gargalhadas constantes do público, no qual se incluíram o
executivo do Município de Albufeira, o Presidente da Região de Turismo do
Algarve, Desidério Silva e a Comissária do Programa 365, Dália Paulo. Depois do
espetáculo «O Milagre», Dália Paulo e Marlene Silva, vereadora da Cultura do
Município de Albufeira, juntamente com Luísa Monteiro, directora da CTC –
Companhia de Teatro Contemporâneo, leram em conjunto a Mensagem do Dia Mundial
do Teatro.
Um dos pontos fortes deste Festival foi o da entrega dos
Prémios Vicente de Teatro a diversos atores e agentes da região que concorrem
para o sucesso e promoção das atividades culturais que são feitas por
algarvios. A escolha do nome de Vicente prende-se com o facto de ter sido o
Beato Vicente, provavelmente, o primeiro profissional das artes de
representação da região. O Presidente da autarquia, Carlos Silva e Sousa, referiu
estar muito empenhado em promover a cultura no concelho “e isso faz-se não só
reforçando a programação deste Auditório, mas também dinamizando parcerias com
as entidades e os projetos locais para que possam desenvolver o seu trabalho
nos mais variados domínios”. “Nesse sentido, o Festival T é uma referência para
todos nós por nos proporcionar uma programação variada que concilia vários
públicos, dando palco aos nossos artistas e encenadores. E isso merece o todo o
nosso apoio”, frisou o edil.
Luísa Monteiro, programadora do Festival, destacou o facto
de se notar, ao nível dos decisores locais e regionais, uma postura mais aberta
e uma outra compreensão daquilo que é o entretenimento e a cultura. “O
Município de Albufeira e o Programa 365 da RTA foram de uma importância
capital. Foram e são: a política não pode viver sem cultura sob pena de
definhar por dentro, o mesmo acontecendo com a cultura”, considerou a responsável
da c:t:c - companhia de teatro contemporâneo.