Depois de um interregno de
sete anos, o Festival Internacional de Música do Algarve regressou, em 2017,
para a sua 32ª edição, ao abrigo do Programa «365 Algarve», e um dos eventos em
destaque foi uma «Food Symphony» no Conrad Algarve, na Quinta do Lago. Uma
noite inesquecível que teve como ingredientes as sugestões gastronómicas do
Chef Osvalde Silva e a música de eleição da Orquestra Clássica do Sul,
conduzida pelo Maestro Rui Pinheiro.
Texto: Daniel Pina |
Fotografia: Daniel Pina
Na noite de 31 de março, o Algarve Informativo aceitou o
convite da direção do Conrad Algarve para um serão cultural diferente, uma
«Food Symphony» resultante de uma parceria entre a Orquestra Clássica do Sul e
esta unidade hoteleira de cinco estrelas localizada na Quinta do Lago. Não se
tratava, porém, de um espetáculo normal, daqueles em que se janta
tranquilamente e, só no final da refeição, é que começa a música. Neste evento
inovador, o objetivo era proporcionar uma experiência sensorial em que o
paladar e a audição estivessem lado a lado, numa viagem por cinco países
europeus onde a degustação gastronómica do Chef Osvalde Silva e a música
clássica dirigida pelo Maestro Rui Pinheiro caminharam de mãos-dadas.
Portugal, Itália, Alemanha, França e Áustria inspiraram,
então, as melodias e os sabores que encantaram uma sala completamente cheia de
hóspedes do Conrad Algarve, mas também com muitos residentes estrangeiros na
zona, nomeadamente Quinta do Lago e Vale do Lobo, já espetadores assíduos dos
eventos promovidos por um dos hotéis de luxo mais premiados do país. A abrir a
refeição, Ostra da Ria Formosa com
Abacaxi assado dos Açores e biqueirão, enquanto se escutava atentamente
«Noite de Verão no Rio», de Frederick Delius. De seguida, foi a vez de Linguini nero com camarão, tomate e
alcaparras, ao som de «Saltarello» da Sinfonia N.º 4 «Italiana» de Felix
Mendelssohn.
A meio da fantástica experiência gastronómica, e musical, um
Sorvete de Ruibarbo, com a Orquestra
Clássica do Sul a interpretar «Allegretto Grazioso» da Sinfonia N.º 2 de
Johannes Brahms. Depois, um Lombo de
Charolais com batata gratin e molho Bordalês e as melodias «Overture»,
«Menuet» e «Gavotte» de «Masques et Bergamasques» de Gabriel Fauré, antes de
terminar com «Apfelstrudel» com gelado de
baunilha e as «Vozes da Primavera» de Johann Strauss, e um café musicado
com «Festa Portuguesa» de G. Vinter. Os vinhos, como é óbvio, foram escolhidos
a dedo para complementar toda a experiência, com o Branco Fossil (Lisboa 2015),
o Tinto Luís Pato Colheita Selecionada (Bairrada 2013) e o Porto Taylors
(L.B.V. 2011).