Um júri constituído por Carlos Albino Guerreiro, Isabel Cristina Mateus e Luísa Mellid-Franco decidiu, por unanimidade, atribuir o Grande Prémio de Literatura APE/C. M. de Loulé – Crónica e Dispersos Literários, ao livro «Levante-se o réu outra vez», de Rui Cardoso Martins (Tinta-da-China). “Foi escolhido pelo júri pela capacidade original de definir em poucos traços personagens e situações que se constituem como parábolas da natureza humana, denunciando um olhar cúmplice e afetivo no espaço inesperado de um tribunal”, justificaram os jurados.
Nesta 2ª edição do Grande Prémio de Literatura – Crónica e Dispersos Literários, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores com o patrocínio da Câmara Municipal de Loulé, concorreram, a título excecional, obras saídas nos anos de 2015 e 2016. O valor monetário deste Grande Prémio é, para o autor distinguido, dez mil euros. A cerimónia de entrega do prémio terá lugar no Dia do Município de Loulé, 25 de maio, pelas 12h, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Loulé.
Rui Cardoso Martins nasceu em 1967, em Portalegre, e tirou o Curso Superior de Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa. É jornalista fundador do Público, onde mantém a crónica «Levante-se o Réu» (Pública), das mais antigas da imprensa portuguesa, com dois prémios Gazeta de Jornalismo. Como repórter cobriu, entre outros acontecimentos, o cerco de Sarajevo e Mostar, na Guerra da Bósnia, e as primeiras eleições livres na África do Sul.
Argumentista fundador e sócio das Produções Fictícias, é cocriador do programa satírico «Contra-Informação», que escreve desde o primeiro episódio. Foi coautor de «Herman Enciclopédia», escreveu para «Conversa da Treta» (rádio, televisão e teatro) e para o jornal Inimigo Público. Coautor da série dramática «Sociedade Anónima», da RTP. No cinema, é autor do argumento e guião originais da longa-metragem «Zona J». Foi premiado com o Grande Prémio de Romance e Novela APE – 2009 com a obra «Deixem Passar o Homem Invisível».