Os Desportos Náuticos, os Recursos
Marinhos, a Biodiversidade e as Histórias do Mar de Vila do Bispo estiveram em
destaque, no dia 28 de abril, no II Seminário Potencialidades de um Concelho,
promovido pela Câmara Municipal de Vila do Bispo. Ao longo do dia, o Centro
Cultural de Vila do Bispo recebeu empresários, dirigentes associativos, historiadores
e investigadores, que deram a conhecer o que de melhor existe nesta ponta do
Algarve.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
O Centro Cultural de Vila do Bispo acolheu, no dia 28 de
abril, o «II Seminário Potencialidades de um Concelho», desta vez dedicado ao «Mar
de Vila do Bispo». O encontro reuniu especialistas, investigadores e agentes
tutelares em torno deste território, com o intuito de partilharem o seu
conhecimento e promoverem a circulação de informação entre a comunidade local,
enriquecendo a capacidade de comunicação dos operadores turísticos locais. O seminário
foi composto por quatro painéis – Desportos Náuticos, Recursos Marinhos,
Biodiversidade e Mar de Histórias, Histórias do Mar – e divulgou algumas das
diferenciadoras potencialidades naturais, culturais e paisagísticas de Vila do
Bispo.
A iniciar a ordem dos trabalhos, Adelino Soares, presidente
da Câmara Municipal de Vila do Bispo, moderou o painel dedicado aos Desportos
Náuticos, composto por Zara Mata, presidente do Algarve Surf Clube, Joana
Schenker, da Associação de Bodyboard de Sagres, Joel Ramos, da Wind4all, Miguel
Ferreira, da Goodfeeling e Fernando Duarte Pereira, presidente da Comissão
Nacional de Mergulho da Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas. Na sua
intervenção, Zara Matos enfatizou a necessidade de se seguir os exemplos da
Ericeira e Peniche para a implantação de um Centro de Alto Rendimento em
Sagres/Vila do Bispo, mas também para a criação de uma sede que permita a
realização de intercâmbios entre clubes, a ocupação de tempos livres e treinos
indoor. “Basicamente, seria um local onde as crianças e os jovens do concelho ocupassem
o seu tempo com algo que possa concretizar-se como futuro de vida, propondo uma
alternativa imediata aos poucos sociáveis computadores e tablets”, resumiu.
A dirigente lembrou o potencial de Sagres ao nível da
quantidade, qualidade e diversidade de ondas para a realização de eventos a
nível nacional e internacional e considerou que o Surf deveria ser um dos
principais desportos no âmbito do Desporto Escolar. “Por outro lado, há que
apoiar e proteger as nossas empresas e a qualidade das aulas é fundamental para
a sua sustentabilidade. É preferível ter três escolas para 150 alunos, 50 para
cada uma, com os respetivos instrutores certificados, seguros, organização e
espaço na água, do que ter 10 escolas com aulas para 15 alunos cada, com
qualidade duvidosa e a «lutar» por um espaço na areia”, alertou a presidente do
Algarve Surf Clube, recordando que foram as empresas locais que praticamente
inventaram o turismo do surf e que agora merecem e necessitam da proteção dos
respetivos municípios, capitanias e demais entidades responsáveis pela
fiscalização no terreno.