O primeiro semestre de 2017
aproxima-se do seu final e os dados provisórios prometem mais um ano de
excelência para a EC Travel. Mais do que aumentar a faturação, a DMC de Eliseu
Correia disparou na rentabilidade e abriu mais um escritório, desta vez no
Porto.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
Considerada a melhor PME de Portugal, na área de Serviços,
no ano transato, a EC Travel continua de vento em popa e prepara-se para bater
novo recorde de faturação em 2017, embora Eliseu Correia prefira ser cauteloso
e não lançar já os foguetes, uma vez que estamos ainda no primeiro semestre.
“Dez por cento de crescimento, no nosso caso, é o mesmo que a faturação anual
de muitas empresas de Portugal e também não pretendo trocar volume por
rentabilidade. O primeiro quadrimestre foi bastante bom, a faturação subiu na
ordem dos 15 por cento e os proveitos cresceram cerca de 40 por cento, mas
ainda vamos a meio do caminho”, revela.
O empresário tem, de facto, perfeita consciência que não é
possível manter este ritmo até final do ano, por já serem poucos os meses em
que podem crescer mais comparativamente a 2016. Apesar disso, a meta é
ultrapassar os 30 milhões de euro de faturação até dezembro e as coisas estão
bem encaminhadas. “O fato de termos aberto Lisboa e Madeira nos últimos dois
anos ajudou-nos a crescer a nível nacional. Quanto ao novo escritório que
inauguramos recentemente no Porto, acredito que fará a diferença, em termos de
crescimento, em 2018 e 2019”, antevê o entrevistado, falando de negócios que
envolvem grupos de incentivos onde as margens são maiores.
Nada disto acontece por acaso e a EC Travel tem escolhido
bem os seus parceiros e investido em produtos que sejam potencialmente mais rentáveis.
“Aumentamos consideravelmente a fatia do alojamento que adquirimos
antecipadamente e com garantia, por sabermos que a grande guerra, este ano, vai
ser em torno da disponibilidade e não propriamente do preço. Se tudo correr
como está projetado, vai haver uma altura em que a maior parte dos nossos
concorrentes vão «secar» e nós ainda vamos ter para vender, e ao preço de
mercado”, refere Eliseu Correia, uma jogada de antecipação que tem gerado bons
resultados. “Se não tivesse arriscado, a EC Travel estaria a faturar seis
milhões de euros e não 28 milhões. O risco calculado faz parte do negócio,
ninguém colhe nada a pensar de hoje para amanhã, e estamos a fazer contratos,
em muitos sítios, a três anos, precisamente para salvaguardar o nosso espaço”.
Bons resultados têm advindo igualmente da presença da EC
Travel em feiras internacionais escolhidas a dedo e com stands próprios, numa
forma de estar diferente da concorrência. “Não vamos para o stand «Portugal»,
preferimos levar o nosso próprio espaço e ficarmos no local que
estrategicamente serve melhor os nossos interesses. Estar no meio de 200
expositores, com a concorrência quase sentada ao nosso colo, não é connosco”,
aponta o carismático empresário, sempre sem papas na língua. “As nossas ações
de marketing, as galas, os momentos «get together» também levam a uma maior
proximidade com os nossos parceiros, porque o turismo é um negócio de pessoas
para pessoas”, justifica.