Arranca, no dia 29 de junho, a 14ª edição do Festival MED,
um dos mais importantes festivais de Verão do País, recentemente distinguido
como o «Melhor Festival de Média Dimensão da Península Ibérica”. Para além da
música, este evento é também uma fusão cultural que apresenta ao público
diversas vertentes artísticas, sempre assentes na tónica das culturas do mundo.
O cinema foi introduzido no programa do Festival MED em 2016
e este ano regressa nos dias que antecedem o início oficial do MED. Assim, no
dia 27 de junho, pelas 21h00, a sala polivalente da Alcaidaria do Castelo
recebe o multipremiado «Timecode» (Espanha), de Juanjo Giménez Peña, vencedor
da Palme D’Or – Melhor Curta-Metragem no Festival de Cannes 2016, nomeado para
o Óscar de Melhor Curta-Metragem 2017, Prémio Gaudí para Melhor Curta-Metragem
2016 e Prémio Goya para Melhor Curta-Metragem de Ficção, e «A Porta 21»
(Portugal), de João Marco, que integrou a seleção oficial do Fantasporto 2015.
Tápê e Mariana Teiga vão estar diariamente no Palco da Bica
para a leitura de alguns poemas de importantes escritores dos países dos quatro
cantos do mundo, como a Venezuela, Moldávia, Roménia, Alemanha ou Cabo Verde, dita
em português e nas línguas originais. A Poesia do Mundo é mais um elemento
diferenciador que o Festival MED apresenta ao seu público. Numa colaboração com
a APORFEST – Associação Portuguesa de Festivais de Música, decorre na sala
polivalente da Alcaidaria do Castelo, no dia 30 de junho, pelas 19h30, a Conferência
«A importância da Comunicação Social para a projeção e credibilização dos
festivais de música». O debate, moderado por Ricardo Bramão, presidente da
APORFEST, contará com a presença do diretor da Revista BLITZ, Miguel Cadete,
bem como dos jornalistas Pedro Primo Figueiredo, da Agência LUSA, e Pedro
Esteves, do Observador, além de um artista que atuará no MED.
«Loulé Criativo» dá-se a conhecer neste encontro de culturas
do mundo e desafia os visitantes do Festival MED a experimentarem a cultura
louletana, através da participação em atividades relacionadas com a arte, o
artesanato, a gastronomia e o património. Numa antiga alfaiataria, sita na Rua
do Município, n.º 15, irá decorrer um programa de atividades que incidirá sobre
a vertente do turismo criativo em Loulé – parceiros e iniciativas. Entender o
conceito de turismo criativo através de objetos e imagens resultantes de
experiências dinamizadas pela rede de parceiros do «Loulé Criativo» é a
proposta lançada. Haverá igualmente um espaço dedicado à exposição dos
trabalhos do fotógrafo Vítor Pina, o seu contributo para o projeto, a sua visão
das gentes de Loulé, para além de sessões de artesanato ao vivo, assim como uma
sessão de esclarecimento acerca de um minicurso de cultura portuguesa e vários
encontros com os parceiros e facilitadores.
As artes plásticas têm lugar marcado nesta edição do MED,
com destaque para a Exposição de Rua, parte integrante deste festival
multiplicador de olhares e de experiências artísticas. Este ano, com o mote «A Magia
da Mala», 17 artistas de expressões e horizontes diversos vão explorar o tema
sugerido por Charlie Holt, que fez da viagem a sua forma de expressão
artística. Esta mostra, que vai estar patente ao público na Travessa do Arco do
Pinto, transporta-nos para um universo de viagem, de descoberta e mistério.
Participam na Exposição Adérita Silva (também curadora), Andreia Pintassilgo,
Carina Inês, Caetano Ramalho, Ermelinda Cargaleiro, Guida Vaz, Júlio Antão,
Maria Trindade, Milai Miu, Patrícia Chambino, Renato Brito, Pascale
Chaleyssin-Fey, Raymond Parfait, Teresa Paulino, Tó Quintas, Jutta
Mertetense-Kammeler e Sen.
A Exposição «Formas Vida e Cor», de Laranjeira Santos, vai
estar patente ao público na Galeria de Arte do Convento Espírito Santo, em
pleno Centro Histórico. Trata-se de um escultor contemporâneo, com uma obra que
oscila entre o lado figurativo e o abstrato. Trabalha a escultura em diferentes
materiais. No seu conjunto verifica-se que não optou por nenhuma das tendências
na arte contemporânea, desenvolvendo simultaneamente desde a figuração até ao
pendor abstratizante e de simplificação formal. Tem um gosto particular pelo
barro, terracota. Dedica parte dos seus estudos e projetos ao seu tema
preferido – o corpo da mulher. Esta exposição pode ser visitada após o Festival
MED, até 2 de setembro, no seguinte horário: de terça a sexta-feira, das 10h às
18h, e aos sábados, das 10h às 16h30.