O programa «Portugal Sou Eu» é da responsabilidade do Ministério da Economia e o seu grande propósito é dinamizar e valorizar a oferta nacional com assinalável incorporação de valor acrescentado, bem como a promoção do consumo informado por parte dos consumidores, através de uma marca ativa e identitária da produção nacional. Depois de mês e meio na estrada, o tour chegou ao fim na cidade de Tavira, no dia 8 de junho.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

O Tour «Portugal Sou Eu» arrancou, no dia 26 de abril, do Cais da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, e terminou o seu roadshow de divulgação das mensagens de valorização da oferta nacional em Tavira, no dia 8 de junho, depois de ter percorrido 12 cidades de 13 distritos de Norte a Sul do país, num total de mais de dois mil quilómetros. 
Entre as 10h e as 18h, a carrinha do «Portugal Sou Eu» esteve no centro histórico da cidade, na Praça da República, com uma pequena exposição de produtos com o Selo, distribuição de merchandising e folhetos informativos, prestação de informação acerca do programa, sessões de jogos «Quis Portugal Sou Eu» e vários momentos musicais, a cargo do Grupo de Cantares do Projeto Lado a Lado, da União de Freguesias Tavira, do Fado Com História e do Rancho Folclórico de Tavira. O momento mais formal do tour foi um espaço de reflexão sobre a portugalidade, protagonizado por entidades públicas e privadas locais, designado por «À conversa com….».

Secretário de Estado Adjunto e do Comércio entregou o Selo do «Portugal Sou Eu» a Hélder Martins, diretor do Hotel Rural Quinta do Marco

Em Tavira, o tema em reflexão e debate foi «Algarve 3D Serviços, Mar e Agroalimentar - sua valorização integrada» e contou com a participação do Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira, do Vice-Presidente da Associação Industrial Portuguesa e Presidente da Associação Empresarial da Região do Algarve, Vítor Neto, do Presidente da Câmara Municipal de Tavira, Jorge Botelho, e de alguns empresários da região algarvia. “A promoção dos produtos portugueses é um grande desafio e que deve ser estimulado, pelo que ir aos territórios é positivo. Por um lado, permite aos empresários verificar a mais-valia do Selo e, por outro, leva os autarcas a envolverem-se mais na certificação de qualidade e na valorização dos produtos nacionais”, considerou Jorge Botelho.
O edil tavirense confirmou que os produtos portugueses são especialmente apreciados pelos milhões de turistas que visitam o Algarve todos os anos, pela sua autenticidade e qualidade, o que conduz a novas oportunidades para os empresários de diversos setores de atividade. “Sem qualidade, não vamos a lado nenhum, porque as pessoas têm um sentido cada vez mais crítico sobre aquilo que adquirem e consomem. E os empresários devem voltar a apostar naqueles setores dos quais ninguém quis saber durante muito tempo e que, agora, se tornaram negócios bastante atrativos”, defendeu ainda Jorge Botelho. “As micro e pequenas empresas têm uma expressão impressionante no concelho de Tavira e, se não as valorizarmos, não estamos a contribuir para a sustentabilidade das famílias”.

Rui Reis, da Multifrequência, também recebeu o Selo do «Portugal Sou Eu»

A finalizar a sessão, o Secretário de Estado Adjunto e do Comércio sublinhou que o «Portugal Sou Eu» deve ser encarado como um programa de todos, e não apenas do Governo. “Penso que são as Micro e as PME que mais podem beneficiar daquilo que o programa mais procura atingir: o dar notoriedade ao que de bom se faz no nosso país, produtos e serviços de enorme qualidade. O objetivo é que esta sensibilização junto do tecido empresarial gere emprego e crescimento económico a nível local”, afirmou Paulo Alexandre Ferreira, concordando que os clientes modernos deixaram de procurar apenas produtos, mas sim experiências. “Portugal tem para oferecer um património muito rico para além do arquitetónico, um património cultural e imaterial que nos diferencia enquanto país e que justifica o bom comportamento que temos tido nos últimos anos”.
De acordo com o governante, quem visita Portugal não está, de facto, à procura de «mais do mesmo», mas de coisas diferentes, únicas, e isso abunda de norte a sul do país, o que cria um enorme potencial para todo o território. “Não é por mero acaso que Portugal está na moda e é preciso capitalizar alguns eventos que ocorreram recentemente e, através deles, reforçar e estruturar aquilo que de bom temos para oferecer. Também é preciso olhar para as Artes & Ofícios, que têm, muitas vezes, modelos de negócio bastante específicos e onde se nota uma grande capacidade de reinventar produtos que são tradicionais para os tornar mais próximos dos clientes”, nota o Secretário de Estado Adjunto e do Comércio.

Lurdes Silva, da Bioco Tradition, recebeu o Selo do «Portugal Sou Eu» das mãos de Paulo Alexandre Ferreira
Descomplicar a relação entre as empresas com os vários organismos públicos é outra prioridade do atual Governo, garantiu o Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, lembrando que há poucas semanas foi publicado o «Guia da Restauração». “O que verificamos com regularidade, em resultado das fiscalizações, é que há muitos incumprimentos motivados pelo desconhecimento do enquadramento legal em que essa atividade se move. Estamos a tentar tornar tudo mais simples e próximo das Micro e PME empresas, agentes económicos que, naturalmente, tem menos capacidade para lidar com assuntos mais complexos”, salientou Paulo Alexandre Ferreira.
Durante mais de um mês, o Tour «Portugal Sou Eu» contou com o apoio e a colaboração de 35 Empresas Aderentes, tendo estabelecido contacto com mais de oito mil visitantes. A iniciativa teve três grandes objetivos: apelar a um consumo informado, captar Empresas Aderentes dos distritos visitados e desafiar as forças vivas de cada cidade a refletirem sobre a importância do programa, sensibilizando e estimulando a opinião pública para uma escolha informada. O programa é da responsabilidade do Ministério da Economia, cujo grande propósito é dinamizar e valorizar a oferta nacional com assinalável incorporação de valor acrescentado, bem como a promoção do consumo informado por parte dos consumidores, através de uma marca ativa e identitária da produção nacional.