Conhecidos pelo rigor da recriação histórica, os Dias Medievais vestiram Castro Marim com a luz encantada das tochas e espalharam pela vila o ritmo da música profana, de 23 a 27 de agosto, na 20.ª edição do evento. Durante cinco dias estão de regresso os tempos da Idade Média, que transportam os visitantes a toda a multiplicidade e contradições de uma época, simultaneamente bárbara e culta, palco de acontecimentos e decisões que ficaram na história e de magníficas produções culturais e artísticas.
Depois de terem visto o recinto alargado nos dois últimos anos, os Dias Medievais em Castro Marim apostaram, em 2017, em algumas novidades na área da animação, com destaque para o espetáculo de videomapping, que transformou uma das fachadas do Castelo numa tela gigante onde, numa viagem de luz, design e som, se revelou a história que transformou esta vila raiana. Intitulado «A Luz das Trevas, D. Dinis e o Dragão de Sal», o espetáculo é apoiado pelo PO CRESC ALGARVE 2020, com uma taxa média de cofinanciamento de 70 por cento pelo FEDER.


O palco principal voltou a ser o Castelo, o cenário mais leal à Idade Média, onde acontecem as principais recriações, como as de artes e ofícios, e onde estão representadas mais de 45 profissões, para além dos grandes espetáculos, como os torneios medievais a cavalo. É também o Castelo, no paiol, que acolhe a renovada exposição de Instrumentos de Tortura e Punição, mostrando-nos uma das razões pela qual a Idade Média é considerada como a Idade das Trevas. Outra dos grandes destaques desta XX edição é a experiência «Seja Rei por um dia», uma inovação do Banquete Medieval, um dos cunhos dos Dias Medievais em Castro Marim, dando a provar aos convivas as melhores iguarias da época, num espaço exclusivo, no chamado Castelo Velho, e por onde passam todos os grupos de animação do evento. A experiência permite desfrutar do Banquete na Mesa Real, com toda a grandiosidade e diferenciação que isso comportava. 
Pelas ruas e ruelas de Castro Marim pode-se encontrar a recriação da vida quotidiana do homem da Idade Média, com a representação de todas as classes que estruturavam a sociedade na época – clero, nobreza, burguesia e povo. Guerreiros, grupos de música e de dança, cavaleiros, malabaristas, zaragateiros, cuspidores de fogo, contadores de histórias, gaiteiros, equilibristas, espadachins e contorcionistas, entre muitos outros, colorem o resto do cenário medieval. Nas mesmas ruas e ruelas encontra-se todo o imaginário de uma época que carregava criaturas mitológicas, monstros, criaturas demoníacas e mágicas, que explicavam tudo o que era ainda vago e impreciso.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

Leia a reportagem completa em:
https://issuu.com/danielpina1975/docs/algarve_informativo__122