A 20.ª edição dos Dias Medievais de Castro Marim registou um
sucesso de bilheteira superior aos anos anteriores, promovendo a viabilização financeira
do evento na qual a Câmara Municipal de Castro Marim tem apostado de há três
anos a esta parte. Estima-se que tenham passado pela vila medieval cerca de 100
mil visitantes, entre as entradas vendidas, as entradas gratuitas dos
munícipes, dos figurantes e os convites às instituições e coletividades.
No total, registaram-se mais 50 mil euros de receita em
relação a 2016, um acréscimo de 20 por cento em relação ao ano anterior e de
cerca de 100 por cento em relação aos últimos quatro anos. Do lado da despesa,
existe um estreito controlo que assegura uma redução de custos no mesmo
período, na ordem dos 30 por cento, mesmo tendo aumentado para cinco o número de
dias do evento, sem que sejam comprometidas as referências distintivas em
relação a outras recriações históricas do país.
Estes indicadores confirmam o
sucesso da engenharia financeira associada ao evento.
Com um recinto alargado nas últimas edições, que se tem
manifestado sobretudo na melhorada circulação de pessoas pelo evento, os Dias
Medievais em Castro Marim apostaram este ano em algumas novidades, nomeadamente
em grupos internacionais de animação, pela primeira vez a pisar palco em Castro
Marim, e no espetáculo de videomapping, que transformou uma fachada do Castelo
numa tela gigante onde, numa viagem de luz, design e som, se revelou a história
que transformou esta vila raiana. Intitulado «A Luz das Trevas, D. Dinis e o
Dragão de Sal», o espetáculo volta a acontecer nos dias 1 e 2 de setembro,
pelas 22h, numa iniciativa apoiada pelo PO CRESC ALGARVE 2020, com uma taxa de
cofinanciamento de 70 por cento pelo FEDER.
No palco principal do evento, o castelo da vila, viveram-se
os espetáculos mais emocionantes, como os torneios, os teatros e as recriações,
como «Os Três Criados de El Rei D. Dinis». Meia centena de artesãos
representavam os antigos mesteres, como cirieiro, tosador, ourives, canteiro,
barbeiro, ferreiro, sapateiro, tanoeiro e peleiro. Destaque ainda para a
renovada exposição de Instrumentos de Tortura e Punição, que revelou uma das
razões pela qual a Idade Média é considerada como a Idade das Trevas. A
exposição, no Paiol do Castelo, estará ainda patente ao público durante o mês
de setembro e é uma ação cofinanciada pelo Interreg V A, a 75 por cento a fundo
perdido.
Outra das novidades foi o «Seja Rei por Um Dia», uma nova
experiência introduzida na organização do banquete medieval, um dos cunhos dos
Dias Medievais em Castro Marim, que reservou a Mesa Real, permitindo aos
convivas a grandiosidade e diferenciação trazida a este local. O banquete teve
a assinatura do Chef Louis Anjos e da sua equipa. A sublinhar ainda a
participação das associações locais, que exploraram os parques de
estacionamento e as tasquinhas no castelo e no mercado medieval, com ementas
repletas de iguarias da época, angariando importantes fundos para as suas
atividades anuais.
Os Dias Medievais de Castro Marim são uma organização do Município de Castro Marim, em pareceria com a Empresa Municipal Novbaesuris e Associações Locais, com os apoios institucionais da Região de Turismo do Algarve, Direção Regional de Cultura, Ayuntamiento de Cortegana, Ville de Guérande, centro comercial Tavira Gran-Plaza e Fórum Algarve.