O CBMR, ou Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve, lançou uma plataforma internacional de comunicação dedicada à ciência na área da saúde e biomedicina e o objetivo é bem simples: aproximar o público da ciência e do conhecimento científico, transmitindo ao cidadão comum as novidades mais recentes numa linguagem acessível e com base em estudos fidedignos.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Dulcineia Dias e Isa Mestre

O Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR), da Universidade do Algarve, acaba de criar uma plataforma internacional de comunicação de ciência na área da Saúde e da Biomedicina com o intuito de transportar para o grande público os conhecimentos que vão sendo produzidos nestas importantes matérias. Notícias e conteúdos que são, na sua maioria, relacionados com a área de atuação do próprio centro, localizado no polo das Gambelas da UAlg, mas também produzidos por diversos parceiros, nacionais e internacionais, que rapidamente viram o mérito do projeto. São disso exemplo o SciComm, o ITQB - Instituto de Tecnologia Química e Biológica, a Real Academia Mexicana de Ciência (México), o Instituto de Investigación Biomédica de A Coruña (Espanha), a University of Prague (República Checa), a Aarhus University (Dinamarca), a Western Illinois University (EUA), o Centro de Ciência Viva do Algarve e o BioISI - Universidade de Lisboa.
Pretendendo consolidar-se como uma referência no campo da comunicação de ciência, a plataforma vai disponibilizar um conjunto de recursos que visam ajudar os investigadores a comunicar o seu trabalho, garantindo o alargamento e a difusão dos conteúdos por eles criados. Do mesmo modo, vai estar aberta à participação de todos aqueles que para ela queiram contribuir, através do envio de materiais (notícias, artigos científicos, investigações em curso, etc.), que depois ficarão online em http://scienceplatformpt.cbmr.ualg.pt/.
Por detrás da plataforma está Isa Mestre, gestora de comunicação do CBMR, que depressa se apercebeu das dificuldades do cidadão comum em compreender, ou mesmo ter conhecimento, do que os cientistas andavam a fazer no interior dos seus laboratórios e dos centros de investigação. “Havia a necessidade de encontrar uma plataforma comum de entendimento, de diálogo, que permitisse transferir a linguagem científica para a sociedade civil e mostrar a importância daquilo que aqui fazemos, ainda mais numa fase em que os centros de investigação atravessam algumas dificuldades do ponto de vista financeiro. O que estes investigadores estão a fazer terá, certamente, um impacto nas nossas vidas, seja no curto ou no médio e longo prazo”, justifica Isa Mestre.
Tornar a ciência mais acessível ao público em geral é a grande meta da nova plataforma, algo que não sucedia, até à data, sobretudo pela falta de disponibilidade de tempo dos próprios investigadores em efetuar essa comunicação. “Estão a desenvolver as suas investigações e a dar aulas, o que os impede de realizar essa tarefa acrescida de forma eficiente, até porque a sua linguagem é muito específica e técnica. Deste modo, estabelecemos um ponto de contato que permite aos investigadores explicar-nos aquilo que estão a fazer e, depois, nós transferimos essa informação para o exterior. Os investigadores não têm, de facto, tempo para produzir notas de imprensa ou para traduzir o seu jargão científico para linguagem comum, limitando-se a fazer apresentações em palestras ou eventos científicos, o que é manifestamente insuficiente”, considera Isa Mestre.

Vídeo de apresentação disponível em: https://youtu.be/xPDf4QB2r0c