A ALFA tem patentes duas exposições de fotografia, uma na EMARP, em Portimão, outra na Galeria ARCO, em Faro, ambas resultantes de expedições realizadas ao Reino de Marrocos. A atividade regular da Associação Livre de Fotógrafos do Algarve inclui ainda múltiplas ações de formação, workshops temáticos e viagens de trabalho e mais projetos estão na calha para 2018, ano em que a ALFA comemora uma década de existência. 

Texto: Daniel Pina

Está patente até 13 de outubro, na EMARP, em Portimão, a exposição de fotografia «Marrocos – País de Encantos», composta pelos registos dos participantes numa viagem organizada, em 2016, pela ALFA – Associação Livre de Fotógrafos do Algarve, a esse reino do norte de África. Na mostra são revelados aspetos de Tanger, Tetuão, Chefchouan, o quotidiano das populações, o comércio, a cultura e o poder, conteúdos que estão igualmente condensados num fotolivro que conta com os contributos dos fotógrafos Ana Filipa Silva, Ana Côrte-Real, Carlos Cruz, Conceição Agostinho, Cristina Guerreiro, Elsa Ferreira, José Gonçalves, Marco Pedro, Mauro Rodrigues, Mineli Andri, Paulo Côrte-Real, Raul Coelho e Vânia Bentes.
As aventuras pelo Reino de Marrocos tiveram continuidade na Páscoa deste ano e deram corpo a uma segunda exposição, esta patente na Galeria ARCO, em Faro, onde se situa precisamente a sede da ALFA, associação que nasceu, em 2008, da vontade de um grupo de amigos, jornalistas e fotógrafos, em organizar atividades em torno da fotografia e da imagem. Constituída a entidade, as atenções concentraram-se na formação – inicial, intermédia, tratamento de imagem e astro fotografia –, mas também na dinamização de workshops temáticos, ministrados por associados ou por formadores provenientes do reputado CENJOR – Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas. “A fotografia democratizou-se bastante nos últimos anos, mas a formação continua sempre a fazer sentido, porque os dispositivos digitais também são muito mais complexos do que as câmaras analógicas. Procuramos ter um plano de formação que corresponda às necessidades das pessoas e o reflexo é que têm tido boa procura. Aliás, vamos arrancar, em outubro, com novas ações dos níveis de iniciação e intermédio”, revela Paulo Côrte-Real, presidente da ALFA.
Os formandos acabam por ser de diferentes proveniências, uns que já tiram fotografias de forma regular mas que pretendem aprofundar os seus conhecimentos e dominar melhor os seus equipamentos; outros que sentem curiosidade pela fotografia e que ainda têm poucas bases. Em ambos os casos, há uma característica comum, os workshops são bastante práticos. “Não faz qualquer sentido um curso de fotografia sem uma forte componente prática. Claro que temos que fornecer conteúdos teóricos às pessoas, mas é no terreno que as competências se desenvolvem”, defende Paulo Côrte-Real, motivo pelo qual os cursos decorrem normalmente ao fim de semana, salvo casos pontuais. “O de fluxo fotográfico digital, por exemplo, iniciava à sexta-feira à tarde e prolongava-se até domingo, com um total de 50 horas”.