Albufeira está no 3.º lugar do ranking de independência
financeira, de acordo com um estudo do Anuário Financeiro dos Municípios,
publicado no «Eco-Economia online» e referente a 2016. Uma independência
gerada, em grande parte, pelas taxas de IMI e IMT, apesar de Albufeira ter
baixado consideravelmente aquelas taxas no último trimestre do ano passado, o
que lhe confere a medalha de maior redução de Portugal.
Naquele estudo, o Algarve surge representada no ranking por
quatro municípios, situados logo a seguir ao de Lisboa, que apresenta uma maior
independência financeira. Lagoa e Albufeira surgem no segundo e terceiro lugar,
respetivamente, seguindo-se Lagos na quarta posição e Loulé na nona. Os
autarcas garantiram à referida publicação que tal deve-se a uma gestão
rigorosa, interligada aos bons resultados originados pelas taxas de IMI e IMT,
sendo que estas são as maiores fontes de receita própria.
As características do mercado imobiliário no Algarve
demonstram ser uma mais-valia para a emancipação de cada município. Os valores
apresentados no ranking revelam a forma como o município de Albufeira, assim
como os restantes, têm obtido progressivamente uma maior independência
financeira, proveniente da obtenção de receitas independentes ao Estado.
Note-se, no entanto, que estes quatro municípios algarvios
diminuíram a taxa sobre o IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis em 2016 e que,
apesar desta descida, Albufeira, Loulé e Lagos estão entre os municípios que
recolhem mais receitas com esta taxa. Entre estes, Albufeira garante o 15.º
lugar e a medalha de maior redução de Portugal, com uma quebra de 25,2 por
cento, de acordo com o Eco-Economia.
Para além desta descida, os municípios em questão
encontram-se também entre aqueles que mais receita obtêm com o IMT – Imposto
Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis. Albufeira assume o sétimo
lugar, mesmo sendo o município que fez o maior corte nesta redução. O constante
crescimento do mercado imobiliário do Algarve nos últimos tempos deve-se ao
facto de existir um valor tributário mais elevado nesta região, segundo Mariana
Gouveia de Oliveira, da «Miranda & Associados», empresa que atua ao nível
legal do Direito Empresarial em Portugal. Este valor é resultante não só das
condições que a região oferece, como é o caso da localização, como também das
condições inerentes ao tipo de imóvel em questão.