De 1 a 5 de novembro, Faro acolhe a quinta edição do Cooltour, um festival cultural direcionado para crianças dos seis meses aos 12 anos, mas também para as suas famílias e comunidade educativa. Este ano sob o signo dos «Monstros e Medos», o evento pretende, mais uma vez, abrir os horizontes dos mais novos e sensibilizá-los para temáticas importantes da atualidade, contando, para tal, com um programa riquíssimo de atividades dinamizadas em vários locais da capital algarvia.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

Para comemorar os cinco anos de existência, o Festival Cooltour, organizado pela Associação Cultural e Recreativa «Amarelarte», Cooperativa de Intervenção Social e Cultural «Mandacaru» e «English21», preparou um programa repleto de atividades em torno da arte, música e teatro para animar a cidade de Faro entre os dias 1 e 5 de novembro. Assim sendo, a sede da «Amarelarte», a Sociedade Recreativa Artística Farense, a Fábrica da Cerveja da Associação Recreativa e Cultural de Músicos, o Cineclube de Faro, o Centro de Ciência Viva de Faro, o Jardim da Alameda e a Biblioteca Municipal de Faro acolheram sessões do teatro infantil «Monstruinto» e TV-Box, concertos e contos, música para bebés, filmes e muito mais, numa caminhada que tem sido feita graças ao enorme entusiasmo do coletivo que monta o evento e das parcerias que, felizmente, vão aumentando de ano para ano. “Estamos bastante orgulhosos por chegarmos à quinta edição e sentimos que o programa deste ano é composto por projetos de grande qualidade. A viagem interativa que as crianças fazem pelo labirinto «desenhado» nesta casa é uma constante na história do festival, mas sempre com temáticas diferentes. Este ano são quatro cenas com o «Monstro do Armário», o «Monstrologista» – um especialista em monstros, o «Monstro do Espelho» e o «Monstro Musical», com os visitantes a serem guiados ao longo do percurso por dragões”, descreve Nicole Lissy, coordenadora da «Amarelarte».
O que também se repete no Cooltour de 2017 é a peça de teatro infantil da TV-Box, desta feita a «Monstra Viva», porque o tema deste ano é, precisamente, «Monstros e Medos». “É um fio condutor para guiar todos os intervenientes e criativos e para congregar os assuntos dos quais queremos conversar com as crianças. Normalmente são coisas que não são discutidas em ambiente escolar: a cor da pele; o poder que a publicidade e a imagem tem sobre as crianças; as diferenças de género; a exclusão social no âmbito escolar e fora dele; o dinheiro e a amizade”, indica a entrevistada, poucos minutos depois de concluída mais uma viagem do «Monstruinto». “As linguagens artísticas que utilizamos mexem com todas as idades, por isso, gostamos que os pais assistam também às peças de teatro, que não deixem apenas os filhos no local e depois os venham buscar. No início do festival tínhamos pensado apenas no público do primeiro ciclo, mas depois fomos alargando para outras idades”, acrescenta.