De 9 a 12 de novembro, o
Castro Marim Golf & Country Club foi palco da grande final da European
FootGolf Tour, com mais de uma centena de atletas de todo o mundo a mostrarem
os seus dotes numa modalidade que, como o próprio nome indica, combina o
futebol com o golfe. O desporto já é praticado há alguns anos em Portugal, mas
ganhou um fôlego acrescido, em 2017, com a criação da Associação Nacional de FootGolf
de Portugal.
Texto: Daniel Pina |
Fotografia: Daniel Pina
O Castro Marim Golf & Country Club, em Castro Marim,
acolheu, de 9 a 12 de novembro, a European FootGolf Tour Grand Final, ou seja,
a derradeira e decisiva etapa do Campeonato da Europa desta modalidade que não
é mais do que uma mistura de futebol com golfe. Assim sendo, o terreno é um
tradicional campo de golfe de nove buracos em que os buracos do green são adaptados ao diâmetro de uma
bola de futebol, bola essa que substitui a pequena bola de golfe. Depois, os
pés assumem o papel do taco de golfe e o objetivo é o mesmo: chegar ao final
com o menor número possível de tacadas, melhor dizendo, de chutos na
redondinha.
Foi isso mesmo que assistimos logo pela manhã de domingo, o
último dia da competição, onde se ficaria a conhecer o novo Campeão da Europa
de FootGolf. Jogadores de todas as idades e de ambos os sexos, de polos e
calções coloridos a identificar os seus clubes, meias pelos joelhos, bolas de
futebol coloridas debaixo dos braços para que não haja confusão no recinto de
jogo. Chegados ao tee, analisam as
condições climatéricas, nomeadamente o vento, olham para o perfil do green, onde estão as inclinações do
terreno, os bunkers de areia, lá ao
longe o ghole, a meta, o buraco onde
deve ser enfiada a bola. E não se pense que se trata apenas de chutar para a
frente com o máximo de força, há que definir bem a estratégia de ataque ao putting green.
Bem vistas as coisas, o modo de pensar é bastante semelhante
ao do golfe, há que decidir a melhor forma de fazer a aproximação ao buraco,
com a diferença que, aqui, não existem tacos de madeira ou de ferro específicos
para cada distância, apenas o pontapé, com mais ou menos efeito, com mais ou
menos força. Táticas e estratégias que são perfeitamente visíveis nos atletas
estrangeiros que participaram nesta final do Campeonato de Europa disputada em
Castro Marim, numa modalidade que cresceu bastante nos últimos seis meses em
território nacional, coincidindo com a constituição da Associação Nacional de
FootGolf de Portugal. “É um desporto simples e que qualquer pessoa pode
praticar, com as regras do golfe, mas jogado com o pé e uma bola de futebol”, resume
Ricardo Esteves, o presidente da associação, explicando que também aqui existem
18 buracos, ou gholes.