A Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, em Faro, recebeu, nos dias 15 e 16 de novembro, a quarta edição do «Tourism Trade Show», um misto de Bolsa de Turismo e Bolsa de Emprego organizado pelos próprios alunos da instituição de ensino com o intuito de colocar, frente a frente, empresas e potenciais colaboradores. O evento contou com um fórum «Estágios e Carreira», jornadas de empreendedorismo, perto de seis dezenas de expositores empresariais/institucionais/start-ups, workshops de bar, ateliers de cozinha e pastelaria e várias palestras e debates.
A abertura do certame contou com a presença de Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, Carlos Baia, vereador da Câmara Municipal de Faro, Francisco Serra, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, Alexandra Gonçalves, Diretora Regional da Cultura do Algarve, entre outras entidades oficiais e, durante a visita inaugural, Paula Vicente, diretora da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, confirmou a importância deste «Tourism Trade Show», logo a começar pela mobilização que gera ao nível dos formadores e alunos. “Depois, tivemos mais de 55 espaços de exposição, o que comprova que o evento está a crescer de ano para ano, e é um tremendo prazer ver um projeto que nasceu da ideia dos alunos ganhar esta dimensão. O evento está a ter um grande impacto e são as próprias empresas que nos perguntam regularmente quando é que acontece a próxima edição”.
Grandes cadeias hoteleiras, restaurantes de referência e empresas turísticas compunham o grosso dos expositores, aproveitando a ocasião para apresentar as suas ofertas de trabalho e encetar contatos diretos com potenciais funcionários. “O objetivo é precisamente promover uma relação direta com os alunos que estão na fase final dos seus cursos, que vão terminar a sua formação em janeiro ou maio do próximo ano, e que estão já à procura de um local para realizar o seu estágio curricular. Aqui, as entidades empregadoras conhecem os alunos no seu ambiente natural e estes, por seu lado, estabelecem logo uma primeira aproximação ao mercado de trabalho. É uma montra de empresas conceituadas da hotelaria, restauração e turismo, que são o nosso core business, destaca Paula Vicente.
Quanto à data de realização do evento, a experiência da organização nas anteriores edições dita que esta é a melhor altura do ano para garantir uma maior adesão do tecido empresarial. “Neste momento já não estamos na época alta do turismo algarvio, mas ainda se conseguem abrir portas para os alunos que vão sair em janeiro. As empresas também estão mais disponíveis para participar em novembro, ainda por cima com este tempo fantástico”, refere Paula Vicente, explicando que as empresas não vêm somente «apalpar o terreno», mas sim com intenções de recrutar já quadros. “Há 12 empresas a realizar sessões de apresentação e, logo de seguida, a dinamizar um espaço para entrevistas entre alunos e responsáveis de recursos humanos. Sei que alguns alunos vão ter logo colocação em janeiro, o que é ótimo”.
Alunos que, garante a diretora da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, estão perfeitamente preparados para abraçar de imediato um projeto profissional. “Claro que nada impede um aluno, na sua ambição de crescer profissionalmente, de enveredar pelo ensino superior ou ir para o estrangeiro, mas, quando saem daqui, possuem as ferramentas necessárias para criar o seu próprio negócio ou para trabalhar por conta de outrem”, afiança Paula Vicente, bastante satisfeita com o êxito que o «Tourism Trade Show» alcançou em apenas quatro anos de vida. “É um evento que faz falta à região e é para isso que esta escola existe”.
Um sucesso que Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, teve oportunidade de atestar in loco, salientando o facto do evento ser organizado pelos próprios alunos. “Isto demonstra o papel das Escolas de Hotelaria e Turismo de Portugal na formação turística, a qualidade dos recursos humanos que daqui saem e a necessidade do setor turístico em contar com profissionais qualificados. É uma alegria enorme ver que os nossos alunos têm um mercado de trabalho vastíssimo à sua espera”, apontou o dirigente. “É pena que não haja mais iniciativas destas ao longo do ano, porque se percebe que qualquer um destes alunos também pode ser um empreendedor, montar o seu negócio, criar a sua empresa”, concluiu.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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