Na sequência da última reunião de câmara, que decorreu, no dia 26 de dezembro, na Biblioteca Municipal de Castro Marim, foi encerrada a Unidade Móvel de Saúde (UMS) do concelho de Castro Marim, depois de ter sido chumbada a continuidade do protocolo com a Associação Social da Freguesia de Odeleite (ASFO).

A funcionar em plenitude desde há três anos, a UMS de Castro Marim foi a primeira no país a garantir um médico a tempo inteiro, para além dos serviços de enfermagem, percorrendo diariamente o interior do concelho para prestar cuidados a uma população envelhecida e carenciada nas cerca de 100 povoações mais dispersas e isoladas. No entanto, a proposta de continuidade apresentada pelo executivo com pelouros liderado por Francisco Amaral foi chumbada, por se considerarem inadequados os moldes em que esta UMS tem prestado os seus serviços.

A UMS de Castro Marim funcionava em articulação com a Associação Social da Freguesia de Odeleite, a Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal, o Centro de Saúde de Castro Marim e a ARS Algarve. Francisco Amaral, também médico e fundador da primeira UMS do país, em Alcoutim (1995), manifestou-se surpreendido com a decisão, que entende como “inexplicável e penalizadora das gentes frágeis de Castro Marim”, defendendo que “o povo de Castro Marim não merece isto”