“Perante a evolução atual das atividades imobiliárias e
turísticas, é expetável que, durante o corrente ano, o contributo da região possa
alcançar 4,6 por cento do PIB nacional”, afirmou Francisco Serra, presidente da
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve) e
gestor do Programa Operacional Regional CRESC ALGARVE 2020 (Algarve 2020),
durante a mais recente sessão do Conselho de Coordenação Intersetorial (CCI). Durante
os trabalhos do CCI, o Presidente da CCDR-Algarve desenvolveu uma análise de
vários indicadores e o ponto de situação do Algarve 2020 e dos demais fundos da
União Europeia com incidência regional.
Segundo os dados mais recentes do Índice Sintético de
Desenvolvimento Regional (ISDR), verifica-se uma evolução favorável em todos os
índices (global, competitividade, coesão e qualidade ambiental), diminuindo a
disparidade face à média nacional, apesar de ser a única região onde todos os
valores continuam abaixo daquela média. Pela positiva, destaca-se o índice de
qualidade ambiental com 98,65 por cento da média, enquanto o índice de competitividade
fica-se por 93,6 por cento.
Relativamente ao Programa Operacional Regional, o gestor do
Algarve 2020 informou os representantes dos vários ministérios e dos municípios
que integram aquele órgão de coordenação que, até 18 de dezembro, já tinham
sido abertos 164 concursos e aprovadas 524 operações, traduzindo-se numa taxa
de compromisso de 43,63 por cento (117 milhões de euros de FEDER e 22 milhões
de euros de FSE), valores superiores ao quadro comunitário anterior em período
homólogo.
No que toca à execução, a taxa cifrava-se nos 9,45 por cento, representando um custo elegível de 41,1 milhões de euros de pagamentos já concretizados aos promotores (23,3 milhões de euros de FEDER e 6,8 milhões de euros de FSE).De acordo com os resultados provisórios das Contas Regionais 2016, recentemente publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Algarve registou um crescimento real de 2,6 por cento face ao período homólogo, variação superior à média do país (1,5 por cento).
No que toca à execução, a taxa cifrava-se nos 9,45 por cento, representando um custo elegível de 41,1 milhões de euros de pagamentos já concretizados aos promotores (23,3 milhões de euros de FEDER e 6,8 milhões de euros de FSE).De acordo com os resultados provisórios das Contas Regionais 2016, recentemente publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Algarve registou um crescimento real de 2,6 por cento face ao período homólogo, variação superior à média do país (1,5 por cento).
Segundo as estimativas do INE, o PIB nacional passou de
179,8 mil milhões de euros para 185,2 mil milhões de euros em 2016, tendo a
economia do Algarve contribuído com 8.323 milhões de euros. Parte significativa
deste valor são provenientes das atividades do comércio, transportes,
alojamento e restauração, que passaram a representar 40 por cento do Valor
Acrescentado Bruto (VAB) regional em 2016 e cujo dinamismo foi determinante
para o crescimento real do PIB no Algarve. Neste período, o contributo do PIB
regional para o PIB nacional evoluiu de 4,39 por cento para 4,49 por cento,
originando uma subida do valor índice do PIB regional de 103 para 105 (PT=100).
Ainda com base nas Contas Regionais do INE, foi sublinhado
que a análise da convergência económica das regiões NUTSII revela uma
diminuição das disparidades regionais no período de 2000 a 2015, com as regiões
mais pobres a apresentarem taxas de crescimento do PIB per capita e da
produtividade muito superiores à média do país. As assimetrias do PIB per
capita avaliado em Paridades de Poder de Compra (PPC) face à média europeia
(UE28) entre a região portuguesa mais rica e a mais pobre diminuíram cerca de
10 pontos percentuais, de 75,2 por cento em 2000 para 65,1 por cento em 2015.
Em 2016, o PIB per capita do Algarve voltou a aumentar, atingindo
18,8 mil euros. Este indicador, em PPC, corresponde agora a 81,2 por cento da
média europeia, valor que apenas é suplantado pela Área Metropolitana de
Lisboa. De igual forma, foi no Algarve que se registou o maior crescimento do
Emprego total (emprego na perspetiva das Contas Regionais). Este aumento
atingiu 4,6 por cento, sendo muito superior ao das restantes NUTSII (PT 1,6 por
cento).
Paralelamente, a formação bruta de capital fixo (FBCF) aumentou 7,1 por cento em 2015 face ao ano anterior, atingindo 27 844 milhões de euros. No Algarve, a FBCF registou um crescimento nominal de 8, por cento %. Para esta evolução, contribuiu fortemente o investimento nas atividades imobiliárias, que cresceu 5,5% (+ 38,2 milhões) em relação ao período homólogo e passou a representar 39 por cento da FBCF total na região.
Paralelamente, a formação bruta de capital fixo (FBCF) aumentou 7,1 por cento em 2015 face ao ano anterior, atingindo 27 844 milhões de euros. No Algarve, a FBCF registou um crescimento nominal de 8, por cento %. Para esta evolução, contribuiu fortemente o investimento nas atividades imobiliárias, que cresceu 5,5% (+ 38,2 milhões) em relação ao período homólogo e passou a representar 39 por cento da FBCF total na região.
No final da reunião do Conselho de Coordenação Intersetorial
da CCDR Algarve, Francisco Serra anunciou a realização de uma sessão do
Conselho Regional no início de janeiro de 2018 para debater o futuro da Europa
e a estratégia pós 2020, com base nos documentos distribuídos pela Comissão
Europeia e pelo Governo da República, de forma a promover um debate informado
no qual entende ser essencial a participação e os contributos de todos os
atores regionais.