O Município de São Brás de Alportel passou a integrar a Rede
Regional de Apoio e Proteção às Vítimas de Tráfico de Seres Humanos, no âmbito
do seu trabalho realizado na área da intervenção social. Dada a centralidade do
concelho na região e a aposta que vem sendo efetuada na ampliação de respostas
ao nível social, nomeadamente com parcerias para apoio a vítimas, esta adesão
vem complementar a estratégia delineada pela Carta Social de São Brás de
Alportel.
Criada com o objetivo de disponibilizar uma resposta de
intervenção em rede que integre as componentes de combate ao Tráfico de Seres
Humanos (TSH) e de apoio especializado e multidisciplinar às suas vítimas, no
âmbito do território regional, este Rede representa um importante esforço da
região, atenta a um fenómeno infelizmente muito atual e mais presente do que
seria desejável. O trabalho dinamizado pela rede é articulado diretamente com a
Rede Nacional de Apoio e Proteção às Vítimas de Tráfico e adota os instrumentos
existentes para a sinalização e encaminhamento das vítimas.
A Associação para o Planeamento da Família (APF), a
Associação de Proteção à Rapariga e à Família, a Santa Casa da Misericórdia de
Albufeira, a GNR, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a Associação
Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), as delegações de Olhão e Tavira da Cruz
Vermelha Portuguesa, a Universidade do Algarve, o Grupo de Ajuda a
Toxicodependentes, a Associação Nacional de Jovens Empresários, a Fundação
Irene Rolo e as Câmaras Municipais de Vila do Bispo e São Brás de Alportel
integram também este Protocolo de Cooperação que criou a rede em setembro de
2016. O trabalho da Rede Regional de Apoio e Proteção às Vítimas de Tráfico de
Seres Humanos passa ainda pela prevenção de situações de revitimização, através
da promoção das capacidades e das competências das vítimas, assim como apoiar o
retorno assistido das vítimas estrangeiras aos seus países de origem e informar
as vítimas de TSH dos seus direitos e deveres na permanência em Portugal.