O Cine-Teatro Louletano continua a apostar estrategicamente na arte para a primeira infância, importante não apenas para promover o desenvolvimento harmonioso, estimulante e rico dos bebés, como também, a médio-longo prazo, para a criação de futuros públicos sensíveis, atentos e despertos para as áreas da cultura, criatividade e das artes. A sensibilização tem-se feito através da música, quer em 2017, ano em que o convite colaborativo foi endereçado à «Companhia de Música Teatral», quer mais recentemente através da «Companhia Musicalmente», que apresentou dois concertos para bebés que esgotaram o Cine-Teatro Louletano em fevereiro.

Ambas as estruturas trabalham e exploram ao mais alto nível propostas inovadoras e interdisciplinares, que envolvem creches, os seus profissionais e as famílias. A realização de debates, de ações de formação, bem como de conferências performativas e espetáculos, são as três linhas de força deste trabalho vasto em que o Cine-Teatro Louletano tem vindo a investir, de forma continuada e abrangente, junto da comunidade local e escolar.

«Músicos de Fraldas» é a ação ministrada por Paulo Lameiro, que decorreu esta semana em dois espaços distintos: Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve e Cine-Teatro Louletano, fruto da parceria que ambas as entidades estabeleceram no âmbito deste projeto que se prolongará durante o ano de 2019. Entre 2017 e o primeiro trimestre deste ano, as ações de formação promovidas já alcançaram mais de uma centena de profissionais da educação, entre docentes no ativo, estudantes universitários e educadores de infância, sendo que, através dos concertos promovidos, foram também já abrangidas cerca de 300 pessoas, entre pais e bebés.

Em «Músicos de Fraldas», o prestigiado musicólogo, docente e comunicador Paulo Lameiro fez uma abordagem predominantemente prática sobre projetos artísticos dirigidos a bebés, abordou questões relacionadas com o tempo, o corpo, o olhar, a não verbalidade, a atitude contemplativa, os instrumentos e repertórios e a composição coletiva, entre outras relacionadas com a arte enquanto educação.