O Cine-Teatro Louletano festejou a Revolução dos Cravos com
um espetáculo evocativo de José Afonso, na noite de 24 de abril, com mais uma
lotação esgotada. Os temas mais conhecidos do famoso cantautor da liberdade, mas
também outras canções menos badaladas do repertório afonsino, foram
interpretados pelo fadista Ricardo Ribeiro, sem dúvida um dos mais versáteis e
contagiantes intérpretes portugueses da atualidade, que «vestiu» José Afonso
num formato surpreendente.
Após o convite lançado pelo Centro Cultural de Belém, no
âmbito do ciclo «Carta Branca», que tem desafiado músicos lusófonos a
apresentarem parcerias e espetáculos inéditos, Ricardo Ribeiro escolheu o
pianista Filipe Raposo para a direção musical e a condução dos arranjos do
espetáculo «Ricardo Ribeiro canta José Afonso». Ambos têm em comum o apreço
pela música de José Afonso, com Filipe Raposo a já ter colaborado com alguns
dos antigos parceiros de José Afonso, casos de Fausto Bordalo Dias e José Mário
Branco.
José Afonso é, para muitos, o maior cantor de intervenção da
história portuguesa, contudo, a sua obra não é apenas política, deixando um legado
muito mais vasto e profundo, e foi precisamente esse merecido tributo que se
assistiu no Cine-Teatro Louletano. «Ricardo Ribeiro canta José Afonso» é todo
um legado revisitado e adaptado de acordo com a direção musical e a condução
dos arranjos por Filipe Raposo, com um elenco de luxo em palco constituído
ainda pelo guitarrista Mário Delgado, pelo saxofonista Ricardo Toscano, pelo
contrabaixista António Quintino e pelo percussionista Jarrod Cagwin.
Texto: Daniel Pina |
Fotografia: Daniel Pina
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