Celebra-se, no dia 30 de abril, pelas 21h30, no Auditório
Municipal de Albufeira, o Dia Internacional do Jazz, naquele que é o
«pontapé-de-saída» para a tour a sul de um dos mais aclamados músicos
portugueses, Mário Laginha, e do projeto que o próprio viu e fez crescer, o
Trio de Jazz de Loulé.
O Trio de Jazz de Loulé, composto por António Quintino
(contrabaixo), João Coelho (piano) e João Pereira (bateria), é o resultado de
um concurso nacional promovido pelo Município de Loulé. Os três jovens músicos
destacaram-se de entre os da sua geração na cena jazzística do país, tendo
oficializado a formação em 2016. Apadrinhado pelo reconhecido artista Mário
Laginha, presidente de júri do concurso, o projeto tem como principais
objetivos explorar a versatilidade de estilos a interpretar e comunicar a
linguagem do Jazz a um público cada vez mais alargado e heterogéneo.
O Trio é uma novidade no panorama cultural algarvio e quer
marcar presença pelo país, cimentando o trabalho de duas décadas desenvolvido
na área do Jazz em Loulé e permitindo, quer a constituição de uma oferta
regular na região algarvia, quer a apresentação do agrupamento em diversos
contextos nacionais e internacionais. Mário Laginha vai assim realizar uma
digressão com o Trio de Jazz de Loulé ao longo deste ano, contando com a
colaboração de várias autarquias algarvias no âmbito da Rede Azul – Rede de
Teatros do Algarve.
Para além do espetáculo de dia 30 de abril em Albufeira, a
tour já conta com mais concertos confirmados: a 11 de maio no Teatro das
Figuras, em Faro, no âmbito do arranque do festival «Os Dias do Jazz»; a 12 de
maio, no Auditório Municipal de Lagoa; a 29 de julho no encerramento do
Festival de Jazz de Loulé e com um convidado especial; a 2 de setembro, no
Auditório do Centro Paroquial de Pêra, em Silves; e no dia 10 de novembro, no
Teatro Pax Julia, em Beja.
Com uma carreira que leva já mais de duas décadas, Mário
Laginha é habitualmente conotado com o mundo do jazz, mas o universo musical
que foi construindo é mais vasto, passando pelas sonoridades brasileiras,
indianas, africanas, pela pop e o rock, e pelas bases clássicas que presidiram
à sua formação. Gravou um único disco a solo, «Canções e Fugas», mas tem partilhado
a sua arte com outros músicos e criadores. Desde logo com Maria João, com quem
gravou mais de uma dezena de discos, mas também com Pedro Burmester, Bernardo
Sassetti, com quem cultivou grande cumplicidade até ao seu inesperado
desaparecimento, e com músicos excecionais como Trilok Gurtu, Gilberto Gil,
Lenine, Ralph Towner, Manu Katché, Dino Saluzzi, Kai Eckhardt, Julian
Argüelles, Howard Johnson, André Mehmari ou Django Bates.
Em finais de 2013, Mário Laginha e o seu novo Trio lançaram «Terra Seca», um disco que desbrava novos caminhos para o jazz e a música portuguesa. Em finais de 2015 retomou a colaboração com o pianista Pedro Burmester, com quem tem participado nalguns dos mais importantes festivais de música em Portugal e no estrangeiro. A obra mais recente do Mário Laginha Trio é «Mongrel», a partir de temas originais de Chopin, e «Iridescente» é a sua última aventura musical com Maria João.