Dando seguimento a uma política de grande proximidade com a
comunicação social regional, porque “aquilo que não é noticiado é como se não
acontecesse”, Isilda Gomes apresentou, no dia 30 de maio, no rooftop do restaurante Alma Town, na
Praça da Alameda da República, um extenso programa de animação que promete
deixar o centro da cidade num frenesim constante durante os próximos meses. O
objetivo é, de acordo com a presidente da Câmara Municipal de Portimão, “que os
nossos residentes e quem nos visita possam estar, viver, divertir-se e passear
no centro de Portimão, elegendo também esta zona nobre da cidade como um dos seus
principais pontos de encontro e de fruição”.
Ao todo, a dinamização da Alameda da República estará
assegurada por mais de 10 iniciativas dirigidas a miúdos e graúdos, residentes
e turistas, para que se divirtam e conheçam a oferta do comércio local
portimonense. E o primeiro evento acontece já a 1 de junho, Dia da Criança, com
a «Silent Party», das 17h30 às 00h. Nesta festa silenciosa ao ar livre os
participantes recebem, à entrada do recinto, auscultadores e, ao som de músicas
de todas as épocas que só se ouvem nos headphones, dois DJ’s (Echo Sound) vão
captando a atenção e estimulando o público para dançar, em despique. A primeira
atuação decorrerá das 17h30 às 20h e será sobretudo vocacionada para os mais
pequeninos com músicas infantis. O segundo momento acontece entre as 21h e as
00h, mais dedicado às famílias e pessoas de todas as gerações, sendo certo que,
com auscultadores individuais, cada um dança ao ritmo da música que quiser. E,
para que este dia ainda seja mais divertido, e porque as crianças são o centro
das atenções, serão colocados na Alameda da República três insufláveis de
diferentes tamanhos.
Isilda Gomes, presidente da Câmara Municipal de Portimão |
Nos dias 2 e 3, o Largo 1.º de Maio vai ser «invadido» por
cerca de 300 Harley Davidson, autênticas peças de museu de duas rodas que irão
desfilar pelas ruas da cidade de Portimão. Poucos dias depois arrancam as
Marchas Populares de Portimão, que em 2018 terão como centro nevrálgico a
Alameda da República. “Este será o ponto de partida das quatro marchas, mais de
300 figurantes, que depois seguirão rumo à Zona Ribeirinha por várias artérias
da parte antiga da cidade. Ali, junto à antiga lota, faz-se o habitual
desfile”, explicou Nuno Velasques. As Marchas Populares vão desfilar em
Portimão (8 de junho), Mexilhoeira Grande (15 de junho), Alvor (22 de junho) e
Praia da Rocha (29 de junho) e Isilda Gomes e Álvaro Bila, presidente da Junta
de Freguesia de Portimão, serão os padrinhos da marcha do Sporting Glória ou
Morte Portimonense, revelou em primeira-mão o dirigente daquela coletividade.
Mas a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia e os Promotores não chegam e há parceiros que, infelizmente, não estão aqui presentes e que são fundamentais em todo este processo. Não vale a pena continuarmos a lamentar-nos que as pessoas não vêm ao centro da cidade e depois, quando os comerciantes são desafiados para alterarem os seus horários de funcionamento, para abrirem as suas portas à noite e aos fins-de-semana e feriados quando há cruzeiros na cidade, eles não aderem
Como 2018 é ano de Mundial de Futebol, a Praça da República vai receber, de 13 de junho a 15 de julho, o Futebol Park Alameda. “Já tínhamos feito aqui algumas iniciativas na época do Natal, desta fez vamos ficar todo o Verão”, adiantou Vera Silva, da entidade organizadora do evento. “Teremos um ecrã gigante a passar os jogos em direto, para além de muita comida e bebida, e espero que Portugal chegue à final para podermos festejar ainda mais. A Alameda vai estar transformada num verdadeiro campo de futebol, será algo muito diferente do que estamos habituados a ver”, acrescentou. A mesma empresa irá organizar, de 17 a 29 de julho, um Festival das Francesinhas com a participação de restaurantes do norte de Portugal, e as «Tasquinhas na Alameda», de 9 a 19 de agosto, com produtos regionais de todo o país à disposição dos visitantes. Três eventos que, explicou Isilda Gomes, não acarretam quaisquer custos para a Câmara Municipal de Portimão. “Temos a sorte de ter parceiros extraordinários que acreditam em Portimão e que estão confiantes de que os portimonenses virão desfrutar dos espaços e consumir”, indicou a edil.
Álvaro Bila, presidente da Junta de Freguesia de Portimão |
No dia 13 de julho vai realizar-se a segunda edição do
Festival Choque Frontal, com Vítor Bacalhau, Gaijas e South Kick Band, um
espetáculo bem diferente dos concertos ao vivo que acontecem, mensalmente, no
Teatro Municipal de Portimão, garantiu Júlio Ferreira, um dos mentores deste
conhecido programa de rádio. Sobre o cartaz, Ricardo Coelho confirmou que Vítor
Bacalhau é, de facto, o grande destaque, tendo já este ano conquistado o
primeiro lugar num festival internacional de blues disputado na Noruega.
Novo festival tem lugar a 21 de julho, o Festival
Internacional Infantil e Juvenil Chaminé de Ouro, promovido pela Junta de
Freguesia de Portimão. “É um concurso com muitos anos de existência, o Teatro
Municipal já se tornou pequeno para o receber, portanto, nada melhor do que
trazê-lo para a nossa Alameda”, justificou Álvaro Bila, não escondendo o
orgulho de ver esta zona da cidade voltar a ter vida. “Tem sido um grande
esforço da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia porque, se a Alameda tem
vida, o mesmo se passa com todo o centro de Portimão. Queremos trazer mais
pessoas para esta zona da cidade e temos que motivar também os nossos
comerciantes nesse sentido”, reforçou, antes de revelar mais um importante
evento do Verão da Alameda, o Festival de Acordeão João César, a 18 de agosto.
Na ocasião ficou-se ainda a saber que, de junho a setembro,
o Porto de Cruzeiros de Portimão vai receber 30 escalas, ou seja, mais de 20
mil turistas terão oportunidade de visitar o centro da cidade, daí o empenho da
autarquia em criar um programa de animação aliciante e diversificado. “Mas a
Câmara Municipal, a Junta de Freguesia e os Promotores não chegam e há parceiros
que, infelizmente, não estão aqui presentes e que são fundamentais em todo este
processo. Não vale a pena continuarmos a lamentar-nos que as pessoas não vêm ao
centro da cidade e depois, quando os comerciantes são desafiados para alterarem
os seus horários de funcionamento, para abrirem as suas portas à noite e aos
fins-de-semana e feriados quando há cruzeiros na cidade, eles não aderem”,
lamentou Isilda Gomes.
Júlio Ferreira e Ricardo Coelho, mentores do programa Choque Frontal |
A edil portimonense esclareceu que há exceções, que algumas lojas aceitaram o repto para se adaptarem aos hábitos de consumo do século XXI, contudo, quanto mais espaços comerciais estiverem abertos nesses períodos, mais atrativo se torna o centro da cidade. “É uma questão e escala e precisamos da colaboração do comércio comercial, porque nós estamos a fazer a nossa parte. Vamos ter uma Alameda permanentemente animada pois queremos também criar uma nova centralidade em Portimão. Para tal estamos a investir igualmente no sombreamento das ruas e este ano vamos sombrear o que falta até à Chapelaria Ideal, a Rua Diogo Tomé e a rua dos restaurantes, com um custo de 46 mil euros”, declarou Isilda Gomes, antes de abordar o tão falado problema do estacionamento. “Estamos, neste momento, a negociar o resgate das concessões à superfície, uma tarefa que não é fácil, mas esperamos ter novidades dentro de alguns meses”.
Sobre o programa agora apresentado para a Praça da
República, descreve-o como um «pontapé de saída» diferente do que sucedia no
passado recente, onde existiam iniciativas avulsas e nem sempre concertadas no
tempo e espaço. “Portimão tem um nome, a nível nacional e internacional, que
temos forçosamente que defender e tornar a cidade e o concelho num polo de
atratividade. O que é bom para Portimão é bom para o Algarve e para Portugal,
ninguém tenha dúvidas disso”, afirmou Isilda Gomes, lembrando que muitos
turistas que desembarcam no Porto de Recreios de Portimão vão visitar outros
pontos da região, nomeadamente Sagres, Lagos ou Monchique.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina