O Convento de S. José foi o local escolhido pela Associação Cultural de Lagoa Ideias do Levante para apresentar, de 29 a 31 de maio, a sua mais recente produção teatral, «A Casa», com encenação de Mário Rui Filipe e texto de Pedro Eiras. Protagonizado por Sofia Brito, Ricardo Daniel, Márcia Coelho e Teresa Gião, «A Casa» é “um conjunto de pequenos textos que criam situações inusitadas, divertidas e sempre misteriosas que nos envolvem numa atmosfera singular”, explicou Mário Rui Filipe.

A peça, constituída por episódios avulsos, começa na capela do convento e vai depois percorrendo diversos espaços deste imponente monumento do concelho de Lagoa, “acontecendo surpresas e mecanismos de destruição rápida e eficaz”, fiéis ao estilo de Pedro Eiras e que foi muito bem interpretado pelo coletivo das Ideias do Levante. A produção teatral levou, assim, o público a conhecer uma casa fictícia e os segredos/mistérios que nela habitam, sendo ao mesmo tempo uma oportunidade para descobrir os recantos do Convento S. José de uma forma diferente do habitual.

Mário Rui Filipe nasceu no Barreiro e desde 1995 que se dedica ao teatro, fazendo a sua formação inicial com o Teatro Os Sátyros, em Lisboa. Em 1998 é cofundador do Teatro Fragmento, onde estreou «As Bodas de Sangue», de Lorca. De 2000 a 2004 trabalhou com o Teatro Arte Viva, do Barreiro, e em 2003 entra no Teatro Profissional com o «Teatro dos Objectos», colaborando igualmente nesse ano com o Teatro O Bando em «Pino do Verão». Em 2004 ingressou no Teatro ao Largo, de Vila Nova de Milfontes, e também na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, onde estuda Teatro – Interpretação.

É encenador desde 2002 e desde 2012 que é responsável por espetáculos para o Curso Profissional de Artes do Espetáculo da Escola da Bemposta, da qual é Diretor e professor das disciplinas de Interpretação, Dramaturgia e Formação em Contexto de Trabalho. Participa regularmente como ator em espetáculos e performances em residências artísticas e é formador de teatro desde 2002.

O texto de «A Casa» é da autoria de Pedro Eiras, escritor portuense nascido em 1975 e professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras do Porto. No seu currículo contam-se obras de ficção como «Cartas Reencontradas de Fernando Pessoa a Mário de Sá-Carneiro», «Bach», «A Cura», «Os Três Desejos de Octávio C.», de teatro como «Bela Dona», «Um Punhado de Terra», «Uma Carta a Cassandra» e «Um Forte Cheiro a Maçã», os ensaios «Alumiação», «Platão no Rolls-Royce», «Os Ícones de Andrei», «Constelações», «Tentações» e «Esquecer Fausto», e as crónicas «Boomerang» e «Substâncias Perigosas». As suas peças de teatro têm sido encenadas e lidas em dez países.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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