A Beta Talk de junho acontece no dia 18 e, para além de inspiradora, será especialmente doce e com diferentes sabores. A partir das 19h, no habitual espaço do Café Concerto do TEMPO - Teatro Municipal de Portimão, vai-se estar à conversa com Joana Oliveira, fundadora da «Hapiness and Food by Entre Tachos e Sabores» e Baltazar Guerreiro, fundador da «ChocoFigo», dois empreendedores que abraçaram novos projetos e tornaram mais doce e saudável as suas vidas e a de outros.

Joana Oliveira tem 32 anos, é natural de Lisboa, mas foi em Portimão que passou a sua adolescência e decidiu ficar a viver após a faculdade na capital. Licenciada em Ciências da Educação e com um mestrado em Educação Especial, sempre foi apaixonada pela educação e pela culinária e tentou conjuga-las, uma no campo profissional, como professora, e outra no campo do lazer, através de criação do blogue «Entre Tachos e Sabores». Por motivos de saúde e bem-estar, a partir de 2014 começou a encarar a alimentação de uma forma mais consciente, não só como um mero ato de satisfazer uma vontade/necessidade, mas como um ato de extrema importância para o bem-estar físico e psíquico e, consequentemente, qualidade de vida. 

A partir desse momento altera a sua alimentação e começa a sentir a necessidade de partilhar as novas aprendizagens e os benefícios da adoção de um estilo de vida mais saudável. Passa a dinamizar workshops e a vontade de poder criar uma oferta na área da restauração mais saudável, a par de uma procura crescente dos seus serviços, levam-na a implementar um serviço de catering e a apostar na confeção de bolos festivos saudáveis. Aproveita o facto de esta ser uma área em franco crescimento e, no final do último ano letivo, decide fazer uma pausa no ensino e dedicar-se a 100 por cento a este projeto, nascendo assim o conceito «Hapiness and Food», que alia a felicidade a um estilo /alimentação saudável e vem substituir o anterior projeto «Entre Tachos e Sabores».

Baltazar Guerreiro é natural de Alcoutim mas é em Loulé que vive há mais de 40 anos e foi ali que abriu, em 2005, a primeira loja gourmet do Algarve. A entrada da «crise» faria com que viesse a fechar o negócio quatro anos depois, mas ficou com o «bichinho» do chocolate artesanal e a vontade de aprender a fazer bombons como aqueles que vendia aos seus clientes. Quis, porém, criar um produto algarvio que fosse diferente do que se encontrava no mercado. Em 2007, apostou a 100 por cento na chocolataria, focado exclusivamente nos produtos locais, com destaque para o figo, que ganha um novo estatuto, aliado a um produto premium como o chocolate e dá origem à marca «ChocoFigo». 

Era a génese de um produto regional inovador- o chocolate com figo seco, ao qual se juntou depois, a amêndoa, o medronho, a alfarroba e o figo da índia e até mesmo a batata-doce. O negócio familiar tem vindo a ganhar escala, com uma distribuição nas melhores lojas, um pouco por todo o país, sendo que a marca «ChocoFigo» já vende chocolates sazonalmente para mercados como o Luxemburgo, a Alemanha e a França e está presente também em muitas feiras de artesanato. Até ao final do ano prepara-se para lançar novos produtos e fazer a sua estreia no mercado biológico/artesanal.