A imagem da XV Feira Medieval de Silves volta a ser uma criação do fotógrafo André Boto. Tendo como tema base a «Silves, 1189. A Conquista», dará a conhecer o famoso episódio da história da cidade no qual o Rei D. Sancho I, com ajuda dos Cruzados que se dirigiam à Terra Santa, toma a cidade. “Creio que a imagem deste ano é muito poderosa e fará, por certo, trabalhar a imaginação de quem a vir, convidando a que possam estar em Silves, de 10 a 19 de agosto, na XV edição deste evento. Queríamos continuar a dar uma dimensão de grande dramatismo, diria mesmo cinematográfica, a esta criação, já que a história de Silves, cheia de episódios grandiosos, personagens de grande poder e influência, lendas e poesia, nos permite explorar com muita força tudo o que diz respeito à produção visual”, diz Rosa Palma, Presidente da Câmara Municipal de Silves.

Na sessão fotográfica que permitiu a criação da imagem da XV Feira Medieval de Silves procurou-se criar uma imagem vívida e dramática de dois guerreiros, um cristão e um muçulmano, que certamente, ao longo dos vários meses que durou o cerco à cidade (de junho a setembro, mais precisamente até dia 3 desse mês) e durante o confronto se terão enfrentado. A determinação de ambos os lados em confronto está retratada, bem como a presença de todos os demais que viviam na cidade ou que seguiam os combatentes, personificados pelo místico rosto que aparece quase como que uma sombra e as mulheres e crianças, personificados pela jovem que olha o infinito, em busca de melhores dias.

André Boto contou com a participação de vários modelos, todos voluntários: Bruno Guerreiro (o cristão), António Santos (o muçulmano), Catarina Marreiros (a jovem) e Eduardo Ramos, o músico silvense que, mais uma vez, se associa a este evento, onde também atua todos os anos. Aliás, estes modelos são, mais uma vez, pessoas que têm uma relação com a Feira Medieval, participando e visitando-a, fazendo parte da sua história e dos afetos que ela proporciona. A sessão fotográfica decorreu na Casa da Cultura islâmica e Mediterrânica, tendo a autarquia contacto com a colaboração, para esse efeito, do Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves (CELAS).