A Biblioteca Municipal Álvaro de Campos acolhe, no dia 16 de
junho, pelas 16h30, mais um encontro com autores, desta vez com Paulo Cunha,
autor do livro «Cem desabafos… sem espinhas», em conversa com Pedro Jubilot
(autor de livros, textos vários e editor).
Segundo Paulo Cunha «Cem desabafos… sem espinhas» não
reproduz “a exteriorização de sentimentos penosos ou reprimidos, mas a
expressão espontânea de ideias, emoções, contradições, sem atingir culpados ou
fazer catarses, ‘sem espinhas’”. Trata-se, conforme explica, de um livro que
compila “um conjunto de cem crónicas publicadas na revista semanal do Algarve
Informativo que não seguem uma metodologia definida e cujos temas vão desde a
notícia que saiu no jornal, à conversa entre amigos, cenas do quotidiano,
confissões, conflitos de gerações ou relações afetivas, exteriorização de um
pensamento ou sentimentos, comemorações de efemérides, política ou cultura e o
Algarve sempre presente”.
«Cem desabafos… sem espinhas» é uma partilha com o leitor
daquilo que pensa e sente o autor, num tom por vezes intimista ou irreverente,
com graça e perspicácia, mas também perturbador. Paulo Cunha (1964, Albufeira)
é professor de Educação Musical no Agrupamento de Escolas João de Deus, em
Faro. Em 1992 fundou o grupo «Vá-de-Viró», do qual é músico. Integrou o Grupo
Barroco do Algarve e o Grupo de Música Antiga do Conservatório Regional do
Algarve. Em 1994, fundou o Coral Polifonia Portuguesa do Conservatório Regional
do Algarve, do qual foi diretor coral. Gravou e produziu vários cd’s.
Em 1999 fez nascer o Coral Feminino Outras Vozes, do qual é
diretor coral e, no ano seguinte, conjuntamente com quatro amigos, fundou a
Associação Cultural Música XXI, na qual integra os órgãos sociais. Em 2005,
conjuntamente com três colegas, fundou o Conservatório de Música de Olhão, pertencendo
igualmente aos seus órgãos sociais. É produtor e diretor artístico de vários
ciclos musicais. Foi professor, no Conservatório Regional do Algarve, e docente
convidado, na Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve. É
cronista no «Algarve Informativo», desde 2015, foi editor musical e escreveu
sobre música na revista «Em Cena». Foi articulista nos jornais «Meridional» e «Notícias
do Algarve». Integrou o Conselho Cultural da Estrutura de Missão «Faro Capital
Nacional da Cultura 2005» e, em 2007, foi agraciado, pela Câmara Municipal de
Faro, com a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro.
Pedro Jubilot (1964, Olhão) editou fanzines, webzines e
outras folhas volantes. Em 2001, foi vencedor do concurso «Micro-contos de
Natal» do jornal Público com «Visita». É membro da direção da Associação Casa
Álvaro de Campos de Tavira e escreve mensalmente no jornal «Postal do Algarve»
(caderno Cultura.Sul) a crónica «Quotidianos Poéticos». Em 2013, publicou o seu
primeiro livro, «Postais da Costa Sul», que serviu de mote para a seguir criar
com Jorge Jubilot (fotografia) a CanalSonora - pequena estrutura
independente, sem fins lucrativos - que se centra na divulgação artística,
essencialmente, na escrita e imagem. O seu mais recente livro é «Telegramas do
Mediterrâneo» uma viagem poética à volta da costa mediterrânica.