O Plano Local de Saúde do Barlavento Algarvio 2017-2020 foi apresentado, no dia 4 de junho, em Lagos, um dos sete concelhos que dele fazem parte. Trata-se de um documento estratégico de apoio à gestão, para orientar a ação e apoiar a tomada de decisão no setor da saúde e na comunidade em geral.

Este Plano Local de Saúde foi construído tendo por base a informação recolhida em reuniões decorridas em Aljezur, Lagoa, Lagos, Monchique, Portimão, Silves e Vila do Bispo, em estreita colaboração com os Municípios e as Redes Sociais, e em reuniões com responsáveis pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Elaborado sob a coordenação da Unidade de Saúde Pública do ACeS Barlavento da ARS Algarve, propõe estratégias para intervenção nos problemas identificados e pretende obter ganhos em saúde, diminuindo as desigualdades nesta área.

Leonor Bota, Diretora Executiva do ACES Barlavento, aproveitou a ocasião para agradecer a colaboração de todos os parceiros que desempenharam um papel fundamental na execução do plano e sem os quais ele não seria possível. “O barlavento algarvio é uma das zonas com maiores carências e está-se a trabalhar para darmos aos cidadãos que aqui residem as condições necessárias para terem um acesso mais fácil a cuidados e a uma equipa de saúde”, frisou, adiantando que Lagos poderá ser o primeiro concelho a ter uma cobertura de 100 por cento no que diz respeito a utentes com médico de família.


Por seu turno, a vereadora da autarquia Sara Coelho realçou “o bom trabalho de diagnóstico que se encontra plasmado neste Plano Local de Saúde” e garantiu que Lagos “estará disponível e fará todos os possíveis para que a sua implementação seja uma realidade e que todos no nosso concelho tenham direito aos cuidados de saúde que merecem”. A terminar, ressalvou ainda que “é importante que consigamos, também, vencer a outra batalha na área da saúde que continuamos a travar e que diz respeito à requalificação ou relocalização do Hospital de Lagos”.

No decorrer da sessão foram destacadas as principais necessidades e problemas de saúde identificadas pelos parceiros, assim como os indicadores, metas, modelos de comunicação, monitorização, avaliação e os eixos estratégicos a implementar até 2020 para fazer face a cada um dos problemas de saúde identificados. Das necessidades de saúde apontadas pela população, algumas vão merecer intervenção prioritária, designadamente: diminuir a doença e a morte por Doença Mental, por Diabetes Mellitus e por Hipertensão Arterial; diminuir o Excesso de Peso entre a população; aumentar as atividades de promoção da Saúde Oral e a prestação de cuidados de Saúde Oral nas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde.