De 5 a 8 de julho, as ruas do centro histórico de Lagoa foram estreitas para receber os milhares de curiosos que decidiram sentir um pouco mais de perto a cultura africana, através da sua música – uma oferenda feita de instrumentos belos e simples; das danças, cujos ritmos a todos envolvem; dos aromas e da soberba arte e artesanato. Iluminadas por milhares de velas que configuram os diferentes símbolos africanos adinkra, bem como símbolos genéricos que caraterizam o vasto continente africano, as noites correram de forma bonita e animada, plena de comércio, boa música e muitos sorrisos.


A animação musical, marcada pelas muitas exibições de Aboubacar Syla & Doudou Ngom (Guiné Conacri/Senegal), Kilema (Madagáscar), Muhsilwan (Sudão/Marrocos/Guiné Conacri), Yeliké & Gassim Camara (Guiné Conacri), Zé Manel Martins Quarteto (Angola), Cherif Bacisko (Guiné-Bissau) e Adinkraene (Gana/Costa do Marfim/Senegal/Mali e Guiné Conacri), tornaram as noites inesquecíveis ao som da kora e de instrumentos contruídos com muito labor e criatividade. Não faltaram igualmente workhops de danças e percussões; animação inusitada com dois gigantes africanos que percorreram a feira; gastronomia, pela mão da cozinheira africana Carla Costa, cujo saber transformou diariamente os claustros do Convento de São José num espaço de gastronomia afro – lusófona; e artes, através da belíssima e muito concorrida exposição de estátuas africanas «Mãe África – a mulher, a fertilidade na África negra», em exibição na sala de exposições do Convento.

O «Mercado de Culturas… à Luz das Velas» regressa em 2019, de 4 a 7 de julho, sob a temática cultural do Mediterrâneo.