O Teatro Lethes, em Faro, foi palco, no dia 14 de outubro, de uma sessão dupla de «Uma Bailarina Espe(ta)Cular», pela Companhia de Dança de Matosinhos. Neste espetáculo vocacionado para as famílias recorda-se que as bailarinas foram crianças e que estas cresceram para a dança obrigando o corpo e a cabeça a caberem dentro de um certo molde. “O que é que se perde ou se alcança quando se realiza um sonho de dança? Perguntando-se quem sonha a criança que dança, uma bailarina encontra, pela dança, a criança contando como foi sonhada”, refere a sinopse.

A Companhia de Dança de Matosinhos é uma companhia profissional de dança contemporânea que emergiu da necessidade de devolver o virtuosismo técnico da dança, associando-o ao conceptualismo da arte contemporânea. A estrutura promete desafiar o corpo humano e a perceção do mesmo pelo público, apresentando a arte traduzida em corpos que se moldam, desafiam e ultrapassam os seus próprios limites.

A companhia convida intérpretes de elevada qualidade artística que, nos seus ágeis e precisos movimentos, espelham as preocupações e visões de coreógrafos emergentes. “Através desta seleção e dos processos de criação e produção, a Companhia de Dança de Matosinhos pretende trazer a lume as questões político-sociais fraturantes da contemporaneidade, explorando projetos de intervenção e reflexão e promovendo o desenvolvimento da comunidade”, explicam Sara Silva e Diana Amaral, que assumem, respetivamente, a Direção Artística e Direção Pedagógica da CDM.

Com o seu abrangente projeto pedagógico, a CDM pretende desempenhar um papel de relevância na aproximação das pessoas à arte e das pessoas às pessoas, contribuindo para uma comunidade coesa, em forma e informada. Assim, a dança assume-se como veículo capaz de promover a equidade social e desenvolver o património intelectual.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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