A Grande Gala «Terra de Acordeão» animou a noite de 10 de novembro, no Teatro das Figuras, num evento promovido pela Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe e a Sociedade Recreativa Bordeirense com o apoio do Município de Faro e da Associação de Acordeonistas do Algarve – Mito Algarvio.

Ao longo de um século, a pequena localidade da Bordeira, pertencente ao concelho de Faro, produziu alguns dos mais conceituados acordeonistas do País. «Terra de Acordeão» é um projeto pioneiro em Portugal coordenado pelo professor Nelson Conceição e que tem vindo a documentar, dignificar e difundir os grandes autores e acordeonistas, ligados de alguma forma a Bordeira, através de publicações literárias, exposições, colóquios, espetáculos, edições discográficas e grandes galas de homenagem.

Neste âmbito já foram homenageados José Ferreiro Pai & Filho, António Madeirinha, João Barra Bexiga, Daniel Rato e Hermenegildo Guerreiro, ficando assim salvaguardadas mais de 500 obras musicais destes grandes autores algarvios e contribuindo de forma singular para a preservação deste património imaterial. Embora a sua planificação tivesse começado em 2005, só após a Grande Gala Internacional de Acordeão, no âmbito «Faro, Capital da Cultura» é que «Terra de Acordeão» teve a sua primeira apresentação pública, em 2008, com a homenagem a João Barra Bexiga.

Agora, para comemorar uma década de «Terra de Acordeão», assistiu-se a um espetáculo bastante eclético com a participação de muitos jovens premiados, com especial destaque para o louletano João Palma (Campeão do Mundo 2018), Hernâni Cerqueira, Pedro Gonçalves e as orquestras Folegarve e Folequestra. A Gala contou ainda com o toque internacional do incomparável Michel Sapateado; o espírito bem algarvio pelos «RitmoFole» com Sérgio Conceição e Silvino Campos; e um momento de autêntica imponência musical com a participação especial da Orquestra Típica e Coral de Alcobaça, constituída por 36 elementos e dirigida pelo consagrado professor Aníbal Freire, o primeiro português a sagrar-se Campeão do Mundo de Acordeão, em 1972.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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